Clipping Diário - 27/04/2015
Publicado em 27/04/2015
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti - 27/04
Polêmica da tecnologia
A insatisfação do setor de tecnologia de Florianópolis com o ambiente de negócios, o que levou empresas fortes para Palhoça, motivou manifestação do secretário de Desenvolvimento palhocense, Marcelo Fett. Ele disse que a atual administração do prefeito Camilo Martins quer mudar o perfil econômico do município e há umsa ´serie de medidas em andamento. A lista inclui criação do Fundo Municipal de Inovação com parte do ISS, incentivos fiscais para investimentos em P&D e plataforma de promoção e atração de investimentos, parceria com o BNDES.
A propósito, a maioria dos problemas de Florianópolis poderia ser resolvida rapidamente pelo prefeito Cesar Junior.
Fonte: Notícias do Dia 27/04
Obras do contorno viário em Biguaçu começam nesta segunda-feira
Autopista monta canteiro para serviços no km 177 da BR-101. Objetivo da intervenção é melhorar o trânsito na rodovia
Autopista Litoral Sul instala, a partir desta segunda-feira (27) um canteiro de obras do contorno viário da Grande Florianópolis no km 177, da BR-101, em Biguaçu. Os trabalhos começam um mês depois da liberação da licença para a obra no município e em Palhoça, emitida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), no dia 25 de março.
As equipes da concessionária responsável pela obra, farão as medições topográficas e a instalação de escritório de obras no trecho de Biguaçu. Os cortes de árvores, limpeza dos terrenos e instalação de cercas também começam nesta segunda-feira. Esta etapa da obra será realizada na altura do Vale do Rio Inferninho até o Km 220, próximo à ponte do Rio Aririú, em Palhoça. Apesar da licença liberada pelo Ibama em março, não há data definida para o início do contorno viário em Palhoça, onde a concessionária ainda realiza as desapropriações e indenizações de imóveis, principalmente no bairro São Sebastião.
As obras do trecho intermediário, em São José começaram em maio de 2014, logo após a emissão da licença pelo Ibama. No entanto, para a construção em Biguaçu e Palhoça foi necessário um estudo de impacto revisado e Plano Básico Ambiental, porque o traçado atinge um raio inferior a dez quilômetros de distância das aldeias indígenas guaranis. O programa de medidas compensatórias, proposto pela Autopista foi aceito pela Funai (Fundação Nacional do Índio), permitindo assim a autorização para início das obras a concessionária que explora o pedágio na rodovia federal.
Metade do primeiro trecho está concluído
Em São José é realizada, atualmente, a terraplenagem e drenagem do solo. A construção de uma ponte, de um viaduto, de uma passagem em desnível e de um trevo também estão em andamento. A obra neste trecho está dentro do cronograma e apresenta quase 50% de conclusão. Em média, 200 operários trabalham no local, segundo informou o gerente de planejamento da Autopista Litoral Sul, Marcos Guedes. A obra neste trecho, que compreende 15 quilômetros de pista dupla, custará R$ 77 milhões.
O custo total dos 50 quilômetros do Contorno Viário é de mais de R$ R$ 358,7 milhões. O projeto prevê seis trevos, 22 passagens em desnível, três viadutos, 12 pontes e seis túneis. O prazo para conclusão é de três anos. O trecho intermediário, em São José será finalizado em 2016, segundo a Autopista. A melhoria servirá para desviar o trafego de veículos pesados da BR-101, entre as cidades de Biguaçu, São José e Palhoça.
Fonte: G1 - 27/04
Aeroporto de Jaguaruna tem primeiro voo comercial nesta segunda-feira
Aeronave de passageiros sairá em direção a São Paulo. Foram investidos quase R$ 70 milhões em mais de 300 hectares.
O Aeroporto Regional de Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina, terá o primeiro voo comercial nesta segunda-feira (27). O avião saíra do local em direção a São Paulo no período da tarde.
Os primeiros empresários que defenderam a ideia de um novo aeroporto pensavam apenas em substituir o já desativado Aeroporto Anita Garibaldi de Tubarão por um terminal maior. Depois da definição do local, vieram as etapas mais difíceis. Entre a busca por recursos, desapropriações de terra, obras e a conquista das licenças e documentações, foram quase 15 anos.
O acesso e o terminal ficaram prontos há quase cinco anos. Porém, ainda faltavam licenças e autorizações e o aeroporto continuou fechado. Foram investidos quase R$ 70 milhões. São mais de 300 hectares e 2,5 quilômetros de pista.
Esses voos que vão levar passageiros de Jaguaruna para São Paulo permitem mais de 900 conexões. Da capital paulista, o passageiro pode ir para diversas outras cidades do Brasil e até pra fora do país. Uma oportunidade que deixa empresários de todos os setores animados.
"É um momento novo para nós, passageiros, cidadãos, para nós empresários, para o nosso trabalho, é muito importante. Facilita, baixa custos, ganhamos tempo, é mais seguro do que se deslocar pra Florianópolis ou Porto Alegre", afirmou o presidente da Associação Empresarial de Tubarão (Acit), Murilo Bortoluzzi.
A expectativa é de alavancar o desenvolvimento no Sul do estado. "Uma multinacional, ou mesmo de outra região do país, não vai se instalar numa região em que não houver um aeroporto de porte", afirmou o secretário de Estado de Assuntos Estratégicos, Geraldo Althoff.
O setor imobiliário de Sangão e Jaguaruna já sente os reflexos. Os preços dos terrenos perto do aeroporto estão supervalorizados. "Nós começamos com R$ 2 mil o hectare. Hoje, se for lá ao redor do aeroporto, vão pedir R$ 100 mil o hectare", afirmou o presidente da Associação Empresarial de Jaraguna e Sangão (Acirj), Evaldo Ávila.
Fonte: G1 - 27/04
Fórum em Florianópolis discute alternativas de mobilidade urbana
Evento ocorre nesta segunda (27) e terça-feira (28) na sede da OAB. Planejamento urbano, ciclofaixas e infraestrutura são alguns dos tópicos.
O 6º edição do Fórum Internacional sobre Mobilidade Urbana começa nesta segunda-feira (27) em Florianópolis. O evento ocorre na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no bairro Agronômica, e conta com programação até terça-feira (28).
Os temas acessibilidade, planejamento urbano, ciclofaixas, saúde, seguros, equipamentos e infraestrutura - de pontes, portos, túneis e vias - estarão em pauta. Logística, tecnologias modais de transporte, imobilidade, mercados impactados e o futuro das cidades farão parte das questões tratadas nos painéis.
A primeira palestra está marcada para esta segunda às 19h30, com o advogado e consultor jurídico Antônio de Arruda Lima, que coordena a discussão sobre Mobilidade Urbana e a Região Metropolitana na OAB. Ele participou da elaboração do projeto de lei de criação da Região Metropolitana de Florianópolis.
Especialistas, políticos e urbanistas, do Brasil e do exterior, também integram mesas. As inscrições podem ser feitas pelo site do evento. Os ingressos custam de R$ 199 ( lote 3 estudantes) até R$ 299 (lote 3 executivos).
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/04
Com total de 222 mil casos, dengue bate recorde no Estado de SP
O número de casos confirmados de dengue no Estado de São Paulo, até o dia 22 de abril, é o maior já registrado na série histórica disponível, iniciada em 1986.
São 222.044 vítimas da doença em 645 cidades, segundo o último boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica estadual, órgão que tabula os resultados, divulgado no final de semana.
O recorde de contaminados pela doença era de 2013, quando 209.052 pessoas se infectaram durante o ano em todo o Estado. Em 2014, foram 204.236 confirmações.
Outro resultado negativo próximo de ter o recorde batido na epidemia deste ano em São Paulo –são mais de 300 casos por 100 mil habitantes, o que configura situação epidêmica– é o número de mortes confirmadas.
Já são ao menos 125 óbitos contra 141 de 2010, ano com mortes por causa da doença no Estado, segundo dado do Ministério da Saúde.
O agravante é que outras cerca de 90 mortes ainda estão tendo a causa de dengue checada em laboratório.
Municípios do noroeste do Estado que tiveram surtos fortes da doença, como Bauru, Marília, Botucatu, Araçatuba e Bebedouro, que enfrentam a dengue desde janeiro, começam a ter uma desaceleração das confirmações.
Por outro lado, a doença ainda segue em ritmo forte de contaminação em cidades da Baixada Santista, da Grande São Paulo e da região de Campinas, por exemplo.
CONCENTRAÇÃO
Trinta cidades paulistas, todas com mais de 1.200 confirmações de dengue, detêm 62% dos casos do Estado. Até meados de março, essa concentração era maior, 66%.
Em números absolutos, Campinas, Sorocaba, São Paulo, Sumaré e Catanduva, todos com mais de 6.400 registros de infectados, são os municípios que somam mais doentes por dengue.
Até o dia 20 de março, 169 cidades estavam imunes à dengue. O número desabou para 31 no último balanço.
Pesquisadores e autoridades de saúde ainda não conhecem as razões para uma ação de ação do mosquito Aedes aegypti, mas a forte presença do vírus tipo 1 da dengue (um dos quatro existentes) neste ano, aliada à baixa imunidade de parte da população a esse sorotipo, é um dos fatores em análise.
Diversas prefeituras do Estado, como a da capital, onde já há epidemia em 13 distritos, pediram auxílio de homens do Exército para ajudar na contenção dos focos da dengue. Cerca de 80% deles ficam dentro das casas.
A Secretaria de Estado da Saúde montou uma operação de auxílio aos municípios para tentar controlar as contaminações. A pasta investiu R$ 6 milhões na contratação de novos agentes e na compra de equipamentos.
O pico de infestação da dengue deve se dar agora, entre a última semana de abril e o começo de maio.
Com menos chuvas e temperaturas mais baixas, as condições de proliferação do mosquito devem minguar.
Em fase final de testes, a perspectiva é que, até o ano que vem, o país passe a contar com uma vacina eficaz contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/04
Mercado amplia previsão de queda do PIB em 2015 para 1,10%
DE SÃO PAULO
O PIB brasileiro deverá ter queda de 1,10% em 2015, segundo o centro das expectativas (mediana) de economistas e instituições financeiras consultadas pelo Banco Central. Há uma semana esperava-se queda de 1,03%.
Os dados fazem parte da pesquisa Focus, realizada semanalmente pela instituição.
Para 2016, a expectativa dos economistas é de uma recuperação de 1%, a mesma da semana anterior. Pela primeira vez, o valor não será o suficiente para cobrir as perdas apontadas para 2015.
INFLAÇÃO E SELIC
A expectativa é de que a inflação oficial, medida pelo IPCA, atinja 8,25%, mantendo a volta das altas, que tiveram interrupção no dia 10. Há uma semana, esperava-se alta de 8,23%, valor acima da meta oficial de inflação, que é de 6,50%.
Para 2016 espera-se inflação de 5,60%, o mesmo valor da semana anterior.
O IPCA é um dos principais dados levados em consideração pelo governo na hora de determinar a taxa de juros Selic, que atualmente está em 12,75% ao ano.
A expectativa de economistas é que essa feche 2015 em 13,25%, mesmo valor esperado na semana anterior. Nesta quarta-feira (27), o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) deve definir a taxa de juros.
Para 2016, espera-se uma Selic de 11,5%, também a mesma expectativa da semana anterior.
TAXA DE CÂMBIO
A taxa de câmbio para o fim de período é de R$ 3,11, o mesmo valor esperado na semana anterior. Para 2016, espera-se uma taxa de câmbio em 3,30%, também o mesmo valor da semana anterior.
Na sexta-feira (27), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com queda de 0,31%, em R$ 2,97.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/04
Protesto de caminhoneiros entra no quinto dia
No quinto de dia de protestos, o movimento dos caminhoneiros bloqueia parcialmente na noite deste domingo (26) seis trechos de estradas de dois Estados –Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
De acordo com o último balanço da Polícia Rodoviária Federal, em Mato Grosso, os bloqueios aconteceram nos municípios de Diamantino (BR-364, km 615), Nova Mutum (BR-163, km 598), Comodoro (BR-174, km 488) e Sorriso (BR-163, km 748).
No Rio Grande do Sul, ocorreram bloqueios parciais em Palmeira das Missões (BR-469, km 0) e Ijuí (BR-285, km 458). No início da manhã de segunda-feira (27), no entanto, a Polícia Rodoviária Federal informou que não havia mais manifestações de caminhoneiros no estado.
Os caminhoneiros reivindicam a criação de uma tabela de preço mínimo do frete. Proposta pela categoria desde os protestos de fevereiro e março, a tabela foi rejeitada pelo governo federal.
Na ocasião, os atos duraram 12 dias e os caminhoneiros chegaram a interditar parcialmente 129 trechos em 14 Estados.
Agora, segundo o Ministério da Justiça, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional de Segurança Pública e as polícias estaduais estão de prontidão para garantir o adequado fluxo de veículos nas rodovias.
Retomadas na semana passada, as manifestações seguem fracas em relação aos atos do começo deste ano, mas já houve registro de violência: caminhões foram apedrejados no Rio Grande do Sul.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/04
Financiamento de carros novos tem queda, e de usados cresce no país
Na contramão do mercado de veículos novos, o financiamento de carros usados "jovens" (4 a 8 anos de uso) cresceu quase 3% no primeiro trimestre deste ano em comparação a igual período do ano passado.
O percentual pode parecer baixo, mas é significativo se comparado à queda de 16,8% no financiamento de carros zero quilômetro.
Desde 2011, quando a Unidade de Financiamento da Cetip, empresa que atua nesse segmento, passou a reunir informações sobre esse mercado no país, esse foi o trimestre com maior volume de carros financiados nessa faixa –perto de 393,5 mil unidades.
No total foram 387 mil financiamento para novos e 708,3 mil para usados, somadas todas as faixa de idade –inclui seminovo (0 a 3 anos), usados jovens (4 a 8 anos), usados maduros (9 a 12 anos) e velhinhos (13 anos ou mais).
"Com o bolso mais apertado, atingido pela inflação, e com a confiança na economia mais afetada, o consumidor tem optado pelo usado em vez do carro novo", diz Marcus Lavorato, gerente de relações institucionais dessa unidade.
Assim como o consumidor migrou para o mercado de novos, quando a economia estava aquecida –com renda e emprego em alta–, ele migra agora para o usado, quando as condições econômicas pioram, avalia Décio Carbonari, presidente da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras).
A entidade representa bancos, financeiras e administradoras de consórcios ligados a 15 marcas da indústria automotiva.
"Há uma migração evidente de consumo. Quem comprava o novo já não compra mais, agora opta pelo seminovo. E parte de quem comprava o seminovo já opta por um mais antigo, mas ainda em boas condições de uso", diz o executivo.
CAUTELA
Com mais medo de perder o emprego e renda retraída, o consumidor tem optado por um produto mais barato para evitar o risco de se endividar.
Em fevereiro, a renda real do trabalhador (descontada a inflação) caiu 0,5% na comparação com fevereiro de 2014, segundo dados mais recentes do IBGE.
Essa foi a primeira queda do rendimento em relação ao ano anterior, desde outubro de 2011. Já o desemprego subiu (0,8%) em relação a fevereiro do ano passado.
"É o mesmo comportamento que o consumidor tem ao fazer sua compra no supermercado. Da mesma forma que o ele substitui a qualidade do queijo ou do iogurte que põe no carrinho, ele troca o carro novo pelo usado", completa Carbonari.
Por região, metade dos financiamentos de usados jovens feita no trimestre ainda se concentra no Sudeste (50,7%). Mas, na comparação com o primeiro trimestre de 2014, Norte e Nordeste foram as regiões que mais aumentaram o número de unidades financiadas.
Modelos populares, como Gol, Palio, Uno e Celta, lideram o ranking dos mais procurados. E o o consórcio foi a modalidade de empréstimo que mais cresceu nos três primeiros meses do ano ante igual período de 2014, apesar de o CDC (crédito direto ao consumidor) ter a maior participação nos financiamentos.
Outras razões que levaram os consumidores a optarem pelo usado, segundo consultores desse mercado, foram os preços dos novos, que subiram de 7% a 10%, dependendo do modelo, por causa da retirada de incentivos fiscais (IPI reduzido), e o fim dos bônus (subsídios) das montadoras a revendedores.
A média de juros cobrados ao mês nos financiamentos feitos diretos ao consumidor foi de 1,86%, segundo dados de fevereiro do BC. Mas, na negociação dos usados, pode ser menor, dependendo do modelo e das garantias oferecidas pelo cliente.
VENDAS
O mercado de usados somou 12,5 milhões de unidades no ano passado, segundo a Fenauto, federação que representa 48 mil revendedores no país.
Neste ano, as vendas também crescem em ritmo acelerado. Considerando todas as categorias (seminovos aos mais velhinhos), houve expansão de 2,6% nas vendas no primeiro trimestre ante igual período de 2014. As vendas dos novos despencaram.
"Como há montadoras que concedem até 5 ou 6 anos de garantia, o consumidor que compra um carro com 3 ou 4 anos de uso sai ganhando em dose dupla: tem a garantia da loja e ainda um ou dois anos do fabricante", diz Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto.
INTENÇÃO
De uma forma geral, o consumidor não está propenso a contratar um financiamento, mas quando o assunto é carro a coisa muda de figura.
Um levantamento feito em parceria pela Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) mostrou que, de uma forma geral, 76% dos consumidores não estão propensos a contratar um financiamento.
Mas 51% afirmaram que poderão tomar empréstimo ainda neste ano para comprar um carro –seja ele novo ou usado. Foram ouvidos mil consumidores.
"As vendas dos usados estão bem, mas também temos interesse que a venda dos zero quilômetro também seja retomada. Em um prazo de três meses, o mercado pode até começar a sentir falta de alguns modelos usados, os mais populares, porque há muita procura", diz o presidente da Fenauto. "O novo de hoje é o usado de amanhã."
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/04
Brasileiros já cortam gastos com lazer
Com a renda corroída pela inflação e o maior o risco de desemprego, o brasileiro começa a segurar o dinheiro. Uma das vítimas dos cortes tem sido gastos com lazer.
A proporção dessas despesas no salário diminuiu de 17,2% em janeiro para 10,9% em março, segundo levantamento do site de finanças pessoais GuiaBolso obtido pela Folha.
O estudo, com 12 mil usuários, mostra que a categoria mais afetada foi a de ida a bares e restaurantes: a parcela desses gastos no salário diminuiu de 7,59% para 4,52%.
As despesas com cuidados pessoais –que incluem cabeleireiro e manicure– tiveram a segunda maior queda. Em terceiro lugar, aparecem gastos com cinema, teatro, clubes e academias.
O valor por saída para lazer também diminuiu no período, com destaque para o gasto com bares e restaurantes, que passou de R$ 610 por mês em média para R$ 509 –queda de 16,6%.
"Há um efeito sazonal, porque em janeiro as pessoas estão com mais dinheiro no bolso por causa do 13º salário e de outras bonificações. Mas chama atenção a queda de fevereiro, mês do Carnaval, no qual as pessoas gastam mais com lazer", afirma Benjamin Gleason, sócio do GuiaBolso.
Ele lembra também que os três primeiros meses do ano são marcados pelo pagamento de impostos por gastos com matrícula e material escolar para quem tem filhos.
Gleason ressalta, no entanto, que a queda apurada em março mostra influência além da sazonal.
"Os consumidores estão começando a se preparar para o ano difícil pela frente."
O administrador de empresas Vinicius Alvarenga, 22, foi um dos que reduziram as saídas. Em vez de ir a restaurante japonês toda semana, passou a ir uma vez ao mês. Além disso, o happy hour passou a ser na casa de um amigo.
Para evitar arriscar as finanças, o consumidor deve se preparar para dias piores.
A recomendação do planejador financeiro Roberto Costa Agi é que o trabalhador mantenha como reserva pelo menos seis meses de gastos fixos. Ele diz que também faz diferença reavaliar serviços contratados, como TV por assinatura, para ver se podem ser reduzidos.
Fonte: Exame - 27/04
Focus mantém perspectiva de alta da Selic esta semana
Economistas de instituições financeiras mantiveram a expectativa de que a Selic será elevada em 0,50 ponto percentual na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), indo a 13,25 por cento.
A pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, mostrou ainda que o cenário para a política monetária neste ano não mudou, com a perspectiva de que a taxa básica de juros será elevada ainda mais uma vez, em junho, em 0,25 ponto, sofrendo corte em novembro para encerrar este ano a 13,25 por cento.
O Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, também vê alta de 0,50 ponto percentual na Selic na quarta-feira, mas calcula a taxa básica de juros a 13,50 por cento no final do ano, mantendo a expectativa em relação à semana anterior.
Pesquisa da Reuters divulgada na sexta-feira mostrou que, dos 48 economistas consultados, 42 preveem que o Copom subirá a Selic em 0,50 ponto percentual na quarta-feira.
Para o final de 2016, a mediana das projeções aponta expectativa de que a Selic terminará a 11,50 por cento, com o Top-5 vendo a taxa a 12,00 por cento, em projeções mantidas sobre a semana anterior.
Sobre a inflação, a projeção para o IPCA neste ano voltou a sofrer um ajuste para cima, a 8,25 por cento, 0,02 ponto percentual a mais do que na pesquisa anterior, com alta esperada de 13,10 por cento dos preços administrados, 0,10 ponto a mais.
Para 2016, os especialistas consultados veem o IPCA a 5,60 por cento ao final do ano, o mesmo que na pesquisa anterior, com os administrados a 5,71 por cento, ante 5,60 por cento antes.
Já para o dólar, a estimativa para o final de 2015 passou a 3,20 reais, sobre 3,21 reais na semana anterior, e para o fim de 2016 é de 3,30 reais, sem alteração.
Sobre o Produto Interno Bruto, a pesquisa mostrou que para 2015 a projeção é de contração de 1,10 por cento, ante recuo de 1,03 por cento previsto na semana anterior.
Para 2016 a previsão de crescimento foi mantida em 1,00 por cento.
Fonte: Exame - 27/04
Confiança do consumidor sobe 3,3% após 3 meses de queda
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 3,3 por cento em abril e interrompeu três meses seguidos de quedas, mas o primeiro resultado positivo do ano ainda é insuficiente para apontar uma mudança na tendência, de acordo com a Fundação Getulio Vargas.
Segundo os números divulgados nesta segunda-feira pela FGV, o índice atingiu 85,6 pontos neste mês ante 82,9 pontos em março, quando havia recuado 2,9 por cento.
Nos três primeiros meses do ano, o ICC acumulou perdas de 13,8 por cento, de acordo com a FGV.
"A primeira alta do ICC no ano é uma boa notícia, mas insuficiente para se caracterizar como uma mudança de tendência. A média móvel trimestral do índice continua em queda e o avanço de abril atingiu apenas duas das quatro faixas de renda monitoradas", destacou o superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr, em nota.
O resultado de abril decorre tanto da melhora da satisfação com a situação atual quanto das expectativas em relação aos próximos meses.
O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 3,3 por cento em abril, atingindo 80,3 pontos.
Por sua vez, o Índice de Expectativas avançou 2,7 por cento, para 88,1 pontos.
A baixa confiança tanto dos consumidores quanto do empresariado tem sido um dos pontos fracos da economia brasileira, e sua recuperação umas das principais meta da equipe econômica.
Fonte: SPC Brasil - 27/04
Sudeste tem 22,6 milhões de pessoas registradas em serviços de proteção ao crédito, aponta SPC Brasil
Quase metade (45,3%) dos consumidores da região Norte está inadimplente. No Centro-Oeste, percentual é de 41,3%
A região Sudeste tem o maior número de consumidores inadimplentes registrados em serviços de proteção ao crédito – são 22,6 milhões de pessoas, em números absolutos. Logo em seguida está o Nordeste com 15 milhões de devedores e o Sul, com 7,5 milhões. As regiões Norte e Centro-Oeste aparecem na sequência com números similares: 5 milhões e 4,5 milhões, respectivamente. Os dados são do Indicador Regional de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) do mês de março.
45,3% dos consumidores da Região Norte estão inadimplentes
Quando analisada a representatividade do número de inadimplentes em relação à população de cada região, porém, o Norte passa a ter o maior índice em todo o Brasil: os 5 milhões de inadimplentes representam 45,3% do total da população com idade entre 18 e 95 anos. A região menos expressiva quanto à representatividade é o Sul, já que os inadimplentes nessa região representam 34,8% do total da sua população. O Norte foi a região que apresentou o maior crescimento do número de dívidas em março (5,49%), seguido pelo Centro-Oeste (4,16%). Na outra ponta, o Sul apresentou o menor crescimento anual do indicador (2,75%).
Número de devedores cresce mais no Centro-Oeste e no Nordeste
No total, o número de consumidores com dívidas em atraso em todo o Brasil cresceu 3,76% em março de 2015, na comparação com o mesmo mês de 2014. Na análise regional, destacam-se o Centro-Oeste e o Nordeste, com as maiores altas do número de devedores (+4,09% e +4,01%, respectivamente). O Sul registrou o menor crescimento do indicador entre as regiões (+2,41%).
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, esse crescimento da quantidade de pessoas negativadas em todo o país reflete o difícil cenário macroeconômico visto nos últimos meses, com piora dos índices de emprego e confiança. “Apesar disso, as taxas de crescimento da inadimplência têm sido discretas quando comparadas com a série histórica, mostrando perda de fôlego dos índices anuais na maioria das regiões e no Brasil como um todo”, diz.
“Isso é reflexo da redução da base de crédito disponível na economia, com os bancos comerciais concedendo cada vez menos crédito aos consumidores e com a queda do apetite para compras de bens ligados a financiamento, como materiais de construção e automóveis”, explica Kawauti.
Sudeste concentra 40% do total de inadimplentes no Brasil
O Sudeste continua concentrando a maior parte dos devedores do país: 40% do total de inadimplentes nas bases às quais o SPC Brasil tem acesso residem na região. O Nordeste apresenta a segunda maior participação (26,20%), seguido pelo sul (12,97%). As regiões que mais contribuíram para alta nacional de 3,76% do indicador foram o Sudeste (1,11 ponto percentual) e o Nordeste (1,05 ponto percentual).
Fonte: O Globo
Brasil fica para trás em ranking de produtividade de serviços
País é ultrapassado por China e Coreia do Sul. Educação faz a diferença
Não é apenas na indústria que o Brasil viu sua competitividade ficar para trás nos últimos anos. Levantamento feito pelo Ibre/FGV mostra que chineses e coreanos ultrapassaram o Brasil no ranking de produtividade do setor de serviços. Na década de 1980, a eficiência da China equivalia a apenas 11% da brasileira no setor. Agora os chineses — que já têm nos serviços a maior fatia de sua economia— superam levemente o Brasil, ao gerar por ano uma riqueza de US$ 17.309,15 por trabalhador.
Em relação à Coreia do Sul, com quem estávamos praticamente empatados na década de 1980, houve um claro descolamento e, hoje, o Brasil detém apenas 38% da produtividade deles no setor, que abrange segmentos tão diversos quanto comércio, serviços pessoais, intermediação financeira, transportes e serviços públicos. Os coreanos superam os brasileiros em termos de qualificação em todos eles, com exceção dos serviços financeiros. Em relação aos Estados Unidos, onde a qualificação média é preponderante, mas ainda maior que a de brasileiros, a diferença é ainda maior, ao ponto de um trabalhador americano do setor de serviços gerar por ano o equivalente ao que cinco trabalhadores brasileiros produzem.
— A China está fazendo a mudança de um modelo baseado na indústria e no investimento para outro modelo, fundamentado nos serviços e no consumo. Os dados indicam que eles têm feito progresso no sentido de elevar a produtividade dos serviços e ultrapassam a produtividade brasileira — afirma o economista Fernando Veloso, do Ibre/FGV, um dos autores do estudo em conjunto com Silvia Matos e Bernardo Coelho.
FALTA INTEGRAR COM A INDÚSTRIA
Ao contrário da indústria — em que a importação de uma máquina pode substituir um trabalhador —, no setor de serviços a educação é muito importante. A única área em que os brasileiros têm maior qualificação que os coreanos é na intermediação financeira. Os chineses têm uma maior parcela de trabalhadores com qualificação média (53,8%) que os brasileiros (43,7%). Agora, no entanto, esse período de bonança acabou e o setor vive uma redução do ritmo de melhora da sua produtividade.
O setor de serviços no Brasil também se coordena mal com a indústria e perde oportunidades de se expandir. Segundo o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) Jorge Arbache, o tamanho do setor de serviços hoje no Brasil — que corresponde a cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e 62,7% do emprego — indica mais uma anomalia que um avanço rumo ao status dos países mais desenvolvidos. A resposta, diz Arbache, é que ao contrário de países como EUA e China, e mesmo Suécia e Canadá, aqui optou-se por privilegiar serviços menos sofisticados prestados a famílias, como hospedagem e alimentação.
— A China até pouco tempo atrás se posicionava como a fábrica do mundo. Os Estados Unidos bolavam, e eles faziam. Os chineses claramente entenderam que não iriam adiante se não agregassem valor ao que faziam, com serviços de logística e de eletricidade — afirma Arbache. — Não dá para pensar em avançar em crescimento econômico e em competitividade internacional se o setor de serviços de design, pesquisa e desenvolvimento, marcas e marketing não for entendido como absolutamente crucial — completa.
INVESTIMENTO AJUDA
O setor de serviços no Brasil passou por um longo período de estagnação desde a década de 1980, mas experimentou avanços nos anos 2000. Segundo Veloso, o movimento está associado ao boom do crédito, que impulsionou o setor, associado a reformas microeconômicas, que facilitaram a expansão do setor.
— Agora o cenário que nos favoreceu se esgotou. O crédito não está mais crescendo. São necessárias políticas específicas, uma formação específica e empresas formais — afirma Veloso.
O economista Claudio Frischtak, sócio da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, vê uma estratégia mais moderna nos serviços como base para a vantagem da China sobre o Brasil.
— Parte da explicação para a China ter nos ultrapassado está na taxa de investimento deles e parte na estratégia de dinamizar a economia para o consumo. É um país que, com todos os problemas de falta de liberdade política, tem mais competência governamental — disse.
Para o presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Luiz Augusto de Castro Neves, o crescimento da economia chinesa baseado em investimentos e exportações faz com que aquele país tenha uma preocupação constante em ser competitivo.
— Com o esforço exportador, existe esse desafio externo de ser competitivo, mas nos últimos anos a mão de obra está ficando mais cara e já há empresas saindo atrás de pessoal mais barato na China rural ou em outros países da região, como o Vietnã — afirma Castro Neves.
Fonte: O Dia - 27/04
Trabalhador poderá se aposentar pela internet
Em entrevista ao DIA, ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, anuncia que, a partir de 2016, não será mais preciso ir a uma agência para conseguir benefício
O trabalhador vai se aposentar de casa, sem precisar ir ao posto da Previdência Social. Em entrevista exclusiva ao DIA, o ministro Carlos Gabas antecipou que os segurados vão acessar todos os serviços pela internet a partir do ano que vem. Outra novidade é que em algumas situações não haverá mais necessidade de a perícia médica ser feita nos postos.
O DIA: O senhor defende que a sociedade evoluiu e as regras da Previdência têm que acompanhar essa evolução. E o atendimento e a prestação de serviços seguem essa lógica?
CARLOS GABAS: O modelo está esgotado. Estudos estão sendo feitos e esperamos implementar mudanças. Todos os serviços da Previdência estarão disponíveis na internet e serão acessados com senha do banco, assim como a Receita faz com o certificado digital. A ideia é evitar que o segurado tenha que ir à agência da Previdência. Hoje, nenhum processo tem começo, meio e fim pela internet. O trabalhador vai se aposentar de casa, usando computador.
Se o segurado tiver cumprido as exigências não vai mais ao posto? Não vai assinar documento?
A ideia, inclusive, é comunicar que você já pode se aposentar. Assim como já informamos sobre a aposentadoria por idade, o objetivo é fazer o mesmo com o benefício por tempo de contribuição, informando que a partir de tal data pode se aposentar, que receberá em banco tal. ‘Clique aqui’ e pronto, estará aposentado.
O que está faltando?
Os dados dos segurados já existem para nós. A Dataprev está terminando algumas atualizações no sistema que permitirão termos processamento de informações muito bom. Deve sair mais para o ano que vem.
Valerá também para o auxílio-doença que precisa de perícia médica?
Haverá situações em que não terá que fazer mais.
Em que situações?
Você tem caso em que um parente que fez uma cirurgia está lá no hospital, por exemplo e operou o coração. Está internado, tem laudo médico, tem comprovação de que está internado. Tenho tudo que comprove. Por que hoje eu tenho que mandar um perito fazer perícia no hospital? Não é desnecessário?
O médico-perito vai perder a função?
Não. Vai fazer a supervisão desses casos em que não foi necessário fazer perícia. Ele vai receber os documentos e laudos para poder conceder o benefício. Isso vai facilitar a vida do médico-perito. Se não for médico, não consegue analisar os documentos.
Quando começa?
Estamos fazendo projeto piloto em agência de Recife (PE). A MP 664 tirou a exclusividade da perícia médica do INSS. Podemos usar médicos do Exército e do SUS em locais de difícil acesso, nas fronteiras do país. Isso fará o Estado economizar. Não vai precisar mandar o médico do INSS para lá de avião. Esses outros médicos já estão lá. É diferente de ter que credenciar como o MP está nos forçando a fazer em alguns estados. A MP 664 nos permite fazer uma parceria com o SUS. Por que não posso aproveitar o laudo médico do SUS?
E a capacitação dos servidores ante toda essa reformulação?
Vai ser fácil, porque vai facilitar a vida do servidor. Vamos, na verdade, colocar tecnologia no processo, de forma que o servidor não terá que fazer muita coisa manual. Com bom cadastro, boa gestão...
E por falar em MP 664 e 665, que mudam regras de concessões de benefícios previdenciários e trabalhistas, há mais propostas de mudanças? Por exemplo, na aposentadoria por tempo de contribuição?
Por ora, não. O que tinha de alteração já foi mandado (para o Congresso). Hoje não tem nada sendo elaborado.
As MPs seriam suficientes para esse momento?
Sim. É o que eu disse: a sociedade é dinâmica, e esse dinamismo precisa ser acompanhado pelas regras. Tem que discutir em algum momento.
A Previdência está acompanhando o PL 4.330, que trata da terceirização?
A única coisa que nos diz respeito é a possibilidade de reduzir arrecadação. A responsabilidade por arrecadar e fiscalizar contribuições previdenciárias é da Secretaria da Receita do Brasil, portanto. É claro que nos preocupa perder arrecadação. Se aprovar, vai precarizar as relações de trabalho, o trabalhador perde de qualquer maneira.
E o fator previdenciário?
Não está em discussão agora. Quando estiver na pauta, vamos nos manifestar.
A fórmula 85/95 é saída?
Há várias. Eu entendo que essa é a mais justa porque protege o trabalhador mais pobre, aquele que começa mais cedo a trabalhar.
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