CDL

menu

Clipping Diário - 02/09/2014

Publicado em 02/09/2014

Conversa Empresarial

A jornalista Estela Benetti, colunista de economia do Diário Catarinense, estará nesta terça (02), às 19h30, no evento Conversa Empresarial, promovido pela CDL Jovem de Florianópolis, quando abordará o panorama e as perspectivas do país no segundo semestre. A CDL Jovem foi criada para contribuir com a formação dos empresários do varejo e difundir a cultura do associativista, promovendo fórum de discussões, palestras e seminários.
Fonte: Blog Visor – Rafael Martini – 02-09 

NOME FANTASIA

A Infraero não vê problemas e diz que está tudo dentro dos conformes. O fato é que o consórcio contratado em 2012 para terraplenagem e asfaltamento da pista do Hercílio Luz não conseguiu entregar a obra de R$ 118 milhões por conta dos “problemas no solo”. O grupo participou de uma segunda licitação (em 2013) para concluir o serviço. E o edital de R$ 24 milhões foi vencido... pelas mesmas empresas.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 02-09 

Empresas de SC são selecionadas para capacitação no Vale do Silício PROGRAMA DO SEBRAE vai custear parte da ida de nove startups catarinenses para evento digital que ocorre nos Estados Unidos com cursos e palestras de nomes de peso do setor da tecnologia. Nove empresas catarinenses foram selecionadas pelo Programa de Capacitação Startup SC para participar de evento de tecnologia no Vale do Silício, nos Estados Unidos, entre os dias 5 e 14 de setembro. Além do aprendizado e palestras que incluem nomes de peso, como Sean Rad, fundador do Tinder, os empreendedores de SC terão a oportunidade de fazer contato com investidores.
O programa é realizado pelo Sebrae-SC desde o começo do ano passado. O objetivo é selecionar propostas que desenvolvam produtos ou serviços com o uso de tecnologias inovadoras. Durante quatro meses, empresários participaram de uma série de workshops, cursos, palestras ministrados por especialistas, mentores e consultores da entidade.
A missão no Vale do Silício é uma das ações do programa. Com base nas propostas apresentadas durante a capacitação do Sebrae, são selecionados nove projetos para participar do evento de empreendedorismo digital TechCrunch Disrupt. A entidade banca 70% da viagem.
Nos EUA, os catarinenses terão a chance de ouvir Sean Rad, do Tinder, o cofundador do Paypal, Peter Thiel, entre outros nomes.

REFERÊNCIA EM TECNOLOGIA

O ninho tecnológico em Santa Catarina é referência para os demais Estados brasileiros. Boas universidades e o gabarito de grandes empresas contribuem para a imagem positiva. O presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), Guilherme Bernard, explica que a imagem de hoje começou a ser construída há 30 anos.
–Na época não tínhamos uma economia consolidada, começou a se desenvolver a área de tecnologia que teve uma boa reação e o segmento acabou tendo uma boa projeção em nível nacional – lembra Bernard.
O cenário catarinense é tão forte que mesmo Estados maiores como São Paulo não conseguem fazer frente ao setor de SC já consolidado, explica Bernard.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 02-09 

BUSCA POR NOVAS IDEIAS

À procura de boas práticas e conceitos de negócios. Os sócios Mateus Eckert Xavier, José Henrique Melhato Cavalheiros e Erik Zirke Osta estão entre os selecionados do programa. Eles criaram uma ferramenta de comunicação entre moradores de condomínio e síndico.
– Nos EUA queremos conhecer mais especificamente dois modelos de negócios: um voltado para rede social em bairros e outro para indicação de prestadores de serviço por parte das pessoas de sua rede de relacionamentos – destaca Xavier.
Tiago Brandes, CEO da Meus Pedidos, e os sócios Celso Tonelli e Rafael Trapp também estão na lista. Eles criaram um aplicativo para facilitar a vida de representantes comerciais.
– Estamos em busca de boas práticas e de aprender como se tem aplicado conceitos.

Florianópolis

- A mobLee (www.moblee.com.br ) cria apps que mudam a forma como as pessoas vivenciam eventos. Startup de Florianópolis, já forneceu o app oficial das 10 maiores feiras do Brasil, incluindo Salão do Automóvel e a Bienal Internacional do Livro de SP. O aplicativo para smartphone, disponível para os sistemas Android e iOS, tem como foco facilitar a vida do visitante e fornecer insights importantes aos organizadores de eventos.
- Outclass (www.outclassapp.com ) é um aplicativo que conecta estudantes, pais, professores e instituições e fornece as informações da vida acadêmica do aluno.
- O We Crowdcasting (www.wecrowdcasting.com ) permite que pessoas comuns criem notícias por meio de fotos, textos, vídeo ou áudio usando smartphone.
- A Truevision (www.truevisionx.com ) é especializada em tecnologia para daltônicos.
- A YouHome (www.youhome.com.br) é uma startup focada em soluções móveis para o mercado de imóveis.

Joinville

- O Asaas (www.asaas.com ) viabiliza que autônomos e empreendedores emitam cobranças com boletos.
- A Meus Pedidos (www.meuspedidos.com.br ) fornece agilidade e organização para representantes comerciais, substituindo os catálogos impressos e blocos de pedido por tablets e smartphones.

Brusque

- Hiper (www.sistemahiper.com.br ) disponibiliza relatórios e ferramentas de gerenciamento fiscal para empresas que precisam monitorar o resultado das vendas, analisar estoque e gerenciar despesas e receitas.
- A Winker (www.winker.com.br ) é uma plataforma de integração em condomínios. Com milhares de usuários, a ferramenta simplifica a gestão do síndico e facilita as relações entre condôminos – promovendo benefícios através do coletivo. De um jeito simples, é possível encontrar o prestador de serviços certo para fazer uma obra, com a tranquilidade de conhecer a opinião dos vizinhos.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 02-09 

O DISCURSO E A CRISE ECONÔMICA

A inflação oficial está em 7%. Quem frequenta os supermercados, contudo, sabe que os produtos básicos tiveram aumentos muito maiores. O PIB, que o ministro Mantega prometera para 2,5%, começou a cair e está abaixo de zero. É recessão técnica.
O Brasil tem a 7a maior economia do mundo. E está na 29a posição na exportação de manufaturados. O saldo da balança comercial despencou em apenas um ano. De U$ 20 bilhões para U$ 2,5 bilhões.
O número de empresas exportadoras teve queda de 16%. A produção industrial desacelerou, o comércio reduziu as vendas, o crédito ficou mais escasso.
Em termos de competitividade o Brasil ficou pior. A carga tributária no país é de 37% do PIB, contra 24% dos Estados Unidos e 19% do México. Os juros estão aqui a 10,9%, enquanto no México estão a 3,8% e nos EUA 0,23% negativos.
Nos últimos 10 anos, o custo da energia no Brasil teve aumento de 90%, contra 30% nos Estados Unidos e 55% no México. O gás teve preços menores em 25% no período, contra elevação de 60% no Brasil e também menos 37% no México.
O Brasil está em 116o lugar em termos de burocracia. Os americanos ocupam a quarta colocação. Aí, vem o vice-presidente Michel Temer (PMDB) proclamar em Santa Catarina que “a economia está absolutamente tranquila”.
Depois querem saber por que Marina Silva (PSB) sobe como foguete.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 02-09 

NÚMERO 1

Pela primeira vez, a Mueller, de Timbó, foi eleita a campeã dos setor de eletroeletrônica do prêmio Valor 1000, promovido pelo jornal Valor com critérios da FGV e chancela da Serasa. Segundo o presidente da empresa, John Muller (foto), com mais de 1,4 mil colaboradores e 65 anos de atividades, a empresa apresenta alta produtividade, baixo endividamento e diversificação. Produz lavadoras, centrífugas, secadoras, fornos elétricos, fogões, motores elétricos e cabos condutores.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 02-09

NOVOS NEGÓCIOS

A EMPREENDE BRAZIL CONFERENCE, VOLTADA PARA EMPREENDEDORES DE PEQUENOS NEGÓCIOS, SERÁ REALIZADA EM FLORIANÓPOLIS ESTE MÊS PELA LUSCH AGÊNCIA DE EVENTOS. AS PRÉ- INSCRIÇÕES PODEM SER FEITAS NO WWW. EMPREENDEBRAZIL.COM.BR
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 02-09

LEI DO BEM

A associação de empresas de tecnologia (Acate) promove hoje palestra com o consultor Rafael Levy no Verticalmoço. Ele falará sobre a Lei do Bem, que concede incentivo às empresas para pesquisa e desenvolvimento. Segundo a Receita Federal, ano passado a renúncia fiscal para inovação somou R$ 7,2 bilhões. Desse valor, R$ 2,2 bilhões pela Lei do Bem.

Novos Negócios

A Empreende Brazil Conference, voltada para empreendedores de pequenos negócios, será realizada em Florianópolis este mês pela Lusch Agência de Eventos. As pré-inscrições podem ser feitas no www.empreendebrazil.com.br
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 02-09 

Direitos e deveres em discussão

A SUPOSTA AGRESSÃO de motorista a casal de passageiros durante a noite em Florianópolis ganhou repercussão nas redes sociais no fim de semana e suscita o debate sobre a qualidade dos serviços e as possíveis penalidades aplicadas nesses casos. O episódio de um taxista que teria agredido um passageiro em Florianópolis ganhou repercussão nas redes sociais no fim de semana. O usuário, que estava acompanhado da namorada, alega que o motorista se recusou a ligar o taxímetro e que, após uma discussão, teria sido ameaçado com uma barra de ferro e agredido com socos. O taxista se defende dizendo que o casal estava bêbado e ameaçou sujar o veículo. Um boletim de ocorrência foi registrado na 1a Delegacia de Polícia da Capital.
Conforme informações de Fabio Souza Pereira, que fez a denúncia, o taxista alegou que o taxímetro estava desligado porque o serviço ocorreria desta forma durante a madrugada.
Segundo Pereira, para uma corrida que custaria R$ 15, do Centro à Agronômica, o taxista queria cobrar R$ 25. O episódio aconteceu às 4h de domingo.
O taxista Valter Martins dos Santos, de 63 anos, defende-se e diz que os jovens estavam bêbados. Ele afirma que, ao ameaçarem vomitar dentro do carro, foram alertados que, se sujassem o veículo, teriam que pagar R$ 25 a mais pela corrida. Pereira garante que eles não estavam bêbados e em nenhum momento falaram em vomitar no carro.

SINDICATO DA CATEGORIA EMITIU NOTA DE REPÚDIO

O Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Florianópolis emitiu nota de repúdio. “O Sinditáxi representa em torno de 3 mil taxistas da Capital e região metropolitana, e prima pela prestação de um serviço de qualidade. (...) Infelizmente o desserviço praticado por poucos denigre a imagem de todos”.
Valmir Piacentini, secretário de Mobilidade Urbana de Florianópolis, afirma que o taxista será suspenso e o permissionário também será chamado para assumir a responsabilidade.

RECLAMAÇÕES

Com o Sinditáxi: (48) 3223-2635 ou para a Ouvidoria da Secretaria de Mobilidade Urbana: (48) 3324-1517
Fonte: Diário Catarinense – Geral – 02-09 

BRIGA EM TÁXI

Serviço teve 250 queixas no ano passado. Taxistas que não fazem corridas curtas, taxímetro desligado e falta de táxis são algumas das reclamações comuns da população em Florianópolis sobre o serviço. Conforme dados do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Florianópolis, no ano passado foram 250 reclamações registradas na entidade, uma média de cinco por semana.
O presidente do sindicato, Zulmar de Faria, considera o número baixo diante da quantidade de corridas. Faria cita que cada táxi faz uma média de 25 atendimentos por dia, o que dá, por ano, cerca de 4 milhões de atendimentos.
Para Valmir Piacentini, secretário de Mobilidade Urbana de Florianópolis – órgão fiscalizador dos táxis –, o número de reclamações não expressa a realidade:
– Esse número é baixo, porque as pessoas não estão acostumadas a reclamar. É preciso fazer mais queixas para resolvermos o problema.
Outra reclamação constante é a falta de táxis. Florianópolis conta com 470 veículos rodando. Com o edital aberto, mais 100 serão licenciados e outros 100 estarão como cadastro de reserva para serem incorporados de acordo com a necessidade, afirma o secretário. Piacentini diz que se estipula pelo menos um veículo para cada 800 habitantes.
Faltam táxis, e o serviço ainda não é bom. O problema se agrava no verão, porque não podemos considerar apenas a população de Florianópolis.
O presidente do sindicato dos taxistas, Zulmar de Faria, diz que o número de táxis é suficiente, o problema é a mão de obra.
É importante reclamar quando tiver algum problema, porque assim teremos um serviço de primeira qualidade.
Fonte: Diário Catarinense – Geral – 02-09 

CINEMA EM UM CLIQUE

Investimentos que mantêm os negócios abertos. Na Max Videolocadora, localizada no bairro Jardim Iririú, na zona Leste de Joinville, a realidade é um pouco diferente da Magic Home Vídeo. O proprietário Jorge Vitorino, que há 14 anos mantém o negócio e viu o número de videolocadoras cair de oito para duas na região, revela que a maioria dos seus clientes procura por lançamentos – eles correspondem a 80% das locações – e filmes em Blu–Ray.
A gente investe mais em Blu-Ray, em 3D, porque provavelmente é isso que vai sustentar as videolocadoras no futuro. Além disso, procuro sempre ter várias cópias dos lançamentos porque a pior coisa para o cliente é não ter os filmes disponíveis – diz.
Segundo ele, o negócio continua rentável e sustentável. No entanto, para reforçar o caixa e conseguir mais clientes, ele investe na venda de bebidas e guloseimas dentro do estabelecimento, além das promoções para quem entrega os filmes no prazo.
Apesar de o negócio continuar rentável na Francys Videolocadora, que há 15 anos atende ao público do bairro Boehmerwald, Sul de Joinville, o dono Adilson Mateus Michalski não tem esperança no futuro das videolocadoras.
Acho que a TV paga e a internet vão acabar absorvendo esse mercado. Temos que trabalhar com produtos como os jogos e a conveniência para recuperar o faturamento – diz.
Fonte: Diário Catarinense – Geral – 02-09 
CINEMA EM UM CLIQUE

Cinéfilos ainda são público fiel. Mesmo com concorrentes fortes no mercado, as videolocadoras ainda conseguem manter um público fiel. A universitária Greyce Giovanella, 22 anos, frequenta videolocadoras desde pequena. Ela aluga de três a quatro filmes por semana e já gastou R$ 100 em um único mês. Escolher um DVD naquelas prateleiras enfileiradas é uma experiência única para a cinéfila, diferentemente de apertar a tecla play no computador.
O ambiente é legal para conversar com os atendentes e as outras pessoas que estão procurando filmes. São trocas de experiências, que se tornam superficiais na internet – , explica.
Mesmo sendo uma assídua frequentadora das videolocadoras, Greyce não ignora os serviços virtuais, como o Netflix, do qual é assinante há dois anos e usa para assistir a séries. Ela admite que é mais fácil encontrar os filmes no ambiente online.
Fonte: Diário Catarinense – Geral – 02-09 

MPEs Comitês do Fórum de Micro e Pequenas Empresas vão avaliar de hoje até dia 5 de setembro, em Brasília, propostas alternativas ao texto que trata da Lei da Micro e Pequena Empresa. O setor quer elevar de R$ 3,6 milhões para cerca de R$ 6 milhões o teto de faturamento anual para o enquadramento no Simples.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 02-09 

Fecomércio-SC apoia projeto de lei para terceirização do trabalho Terceirização da atividade-fim e representação sindical dos funcionários terceirizados são os principais pontos de discussão. Os
dois pontos de maior discussão na Câmara dos Deputados sobre o projeto de lei que regulamenta a terceirização do trabalho no Brasil foram apresentados no painel Os desafios para a regulamentação adequada, fazendo parte do Seminário Terceirização e o STF: o que esperar?, promovido nesta segunda-feira, 1º de setembro, pela Fecomercio/SP em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria e a Federação Brasileira de Bancos. O vice-presidente da Fecomércio SC, Célio Spagnoli, que também é presidente da Câmara Empresarial de Relações Trabalhistas e Assuntos Legais da Federação, e o diretor-executivo da entidade, Marcos Arzua, participaram do debate.
De acordo com explanação do autor do Projeto de Lei 4330/2004, deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), a possibilidade de as empresas terceirizarem a atividade-fim e a questão da representação sindical dos funcionários terceirizados são os principais pontos de discussão do projeto de lei, que está em debate há 10 anos.
O substitutivo do projeto de lei, escrito em setembro do ano passado, aponta que é possível terceirizar a atividade-fim. "Esse é o problema apontado pelo TST", disse. "Alguns sindicatos reclamam que empresas inteiras poderão ser terceirizadas e alegam criar instabilidades", comentou Mabel. Segundo ele, a discussão na Câmara debate a criação de "travas", ou seja, definir quais atividades exatamente podem ou não ser terceirizadas, com o objetivo de sanar essa questão e aprovar o projeto de lei.

Representação do terceirizado

Sobre a representação sindical, Mabel apontou que a dúvida gira em torno de a qual sindicato o funcionário terceirizado poderia ser filiado. "Se o funcionário é terceirizado em metalúrgica, seria este o seu sindicato?", questionou.
O parlamentar destacou ainda que o projeto de lei possui 19 artigos que protegem o trabalhador e dois que protegem o empresário. "Não é um projeto de terceirização, mas de proteção ao trabalhador terceirizado. O projeto proíbe a locação de mão de obra e quer corrigir também a estigmatização do funcionário terceirizado, estendendo a ele os direitos de todos os trabalhadores não terceirizados contratados pela empresa, como uso do refeitório, transporte e ambulatório da empresa que os contrata", alegou.
Mabel esclareceu ainda a questão da "responsabilidade subsidiária", explicando que o projeto de lei, nos artigos 14 e 15, definem que as empresas contratantes precisam fiscalizar, mensalmente, a comprovação do pagamento de obrigações como salários, horas extras, 13º salário, férias, vale-transporte, FGTS etc. Permite também à empresa contratante reter o pagamento da contratada no caso de não pagamento das obrigações dos funcionários.

Custo da Justiça do Trabalho

O deputado Guilherme Campos (PSD/SP) destacou o custo da Justiça do Trabalho no Brasil, que chega a R$ 15 bilhões por ano, e o alto número de ações que foram julgadas em 2013: quase quatro milhões. "Se não houver no país uma legislação que dê segurança, esse número de processos não terá fim. E o que agrega para o País em crescimento? Nada", considerou. Para Campos, "empresas e empregadores querem um novo formato na relação trabalhista, mas, o governo e os sindicatos dificultam essa atualização".
Fonte: Portal Adjori / SC – 01-09

Perfis de projetos e economia mudam

Ao longo de duas décadas, empreendimentos premiados acompanham a evolução do setor e o momento do País. Em 1994, a Fiabci/Brasil, em parceria com o Secovi-SP, lançou a versão brasileira do Prix d'Excellence, batizado de Master Imobiliário. Foi no mesmo ano do Plano Real, que reduziu e controlou a inflação. Como o segmento imobiliário tem papel relevante na economia brasileira, o prêmio não poderia deixar de refletir e apontar tendências de mercado, sempre sujeita a influências do momento econômico.
O presidente do Secovi, Claudio Bernardes, diz que, nesses 20 anos, a tecnologia aperfeiçoou processos de fundação. "São fatos que se refletem em produção, rapidez, custo e qualidade", diz. "Há outros, como paredes dry wall, encanamentos que facilitam a manutenção, ou utilização de energia renovável produzida pelo próprio prédio."
Em 1995, na primeira premiação do Master, 12 trabalhos foram escolhidos. Nesse ano, além do início do conceito decondomínio-clube, surgiram inovações tecnológicas, como construção a seco, simplificação nos canteiros de obra, redução do uso de argamassa.
Em 1998 e 1999, flats foram premiados, refletindo uma tendência do mercado daquela época. Em 2000, entre 19 vencedores, havia flat para idoso, totalmente adaptado, além do retrofit da Sala São Paulo e da Estação Júlio Prestes.
Em 2002, foi aprovado o Plano Diretor da cidade de São Paulo, que trouxe redução do coeficiente de aproveitamento do terreno e a criação da outorga onerosa ao direito de construir.
Em 2005, um recorde: 20 trabalhos vencedores (seis na categoria Empreendimentos e 14 na Profissionais). Destaques: apartamentos compactos, no centro de São Paulo.
O diretor de atendimento da imobiliária Lopes, João Henrique, comenta que, depois dos condomínios-clube, vieram os empreendimentos de uso misto. "Hoje, destaco os produtos de 2 e 3 dormitórios, em modalidade compacta", diz. "São elaborados pensando mais no consumidor final do que no investidor, têm perfil família."
Em 2007, o Master premiou condomínios para famílias com renda média-baixa, além do desenvolvimento imobiliário nos bairros Mooca e Tatuapé.
Em 2010, foram premiados condomínios para baixa renda (Minha casa, minha vida) e residenciais no centro de São Paulo, com a revitalização de áreas deterioradas. Já em 2012, pela primeira vez no Master, os trabalhos na categoria Empreendimento superam os vencedores da categoria Profissionais (9 cases contra 8 cases). Salas comerciais e lajes corporativas foram premiadas.
Loteamento. No ano passado, foi a vez de loteamento de alto padrão, com fiação subterrânea, e grandes empreendimentos residenciais com características de bairro. O presidente da construtora Pedra Branca, Valério Gomes Neto, acredita que os bairros planejados "ainda não" se consolidaram como tendência. "São uma inovação."
O presidente do grupo Bueno Netto, Adalberto Bueno Netto, analisando as tendências desde 2004, após a publicação do marco regulatório do setor, diz: "O Brasil está atingindo a maturidade dos projetos, com empreendimentos de uso misto. Vejo, nesses 10 anos, a maturidade dos conceitos urbanísticos."
Fonte: O Estado de São Paulo – 02-09

Consumidores reclamam mais em site

O número de reclamações registradas no Reclame Aqui, site de defesa do consumidor que reúne e divulga queixas sobre serviços e produtos vendidos por empresas no país, deve triplicar em 2014.
Neste ano, até o final de julho, o site contabilizou mais de 5,5 milhões de reclamações, número que já supera os 5,1 milhões de registros de todo o ano passado.
Para o fechamento de 2014, a previsão é de 15 milhões, segundo Edu Neves, diretor-executivo do Reclame Aqui.
"As grandes datas de compras ocorrem no segundo semestre: Black Friday e Natal."
O número de queixas cresceu –e o de soluções pelo site também (de 72% em 2012 para 76% no ano passado)– mas as causas dos problemas pouco mudaram.
"O Brasil enfrenta questões estruturais no setor de telefonia e na logística", diz Neves.
Ele cita, por outro lado, que o consumidor está mais proativo, buscando mais os canais não tradicionais de queixa, caminhos diferentes do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) das companhias, Procons e juizados.
O comportamento do cliente no momento anterior à compra também mudou: hoje, 95% do tráfego do site Reclame Aqui é de pessoas à procura de informações sobre as empresas das quais pretendem adquirir produtos e serviços.

MAIS RECLAMADOS

Entre os setores mais reclamados no primeiro semestre, alguns se repetem, como comércio eletrônico e telefonia.
Algumas surpresas figuram na lista dos dez mais em 2014, como o setor de educação, oitavo lugar. As recentes fusões de grandes empresas de educação tendem a elevar o nível de reclamação no período de integração das companhias, segundo Neves.
"Recebemos relatos de alunos insatisfeitos com professores, mas a maior parte dos casos está ligada à emissão de diplomas e outras questões relacionadas às áreas administrativas dos grandes novos grupos. É difícil consolidar as fusões e funcionar eficientemente na mesma cultura."
A presença de outros setores, como o de TV por assinatura, também se justifica por questões conjunturais.
"É um setor que aumentou demais de tamanho nos últimos anos e acaba vendendo muito. A complexidade dos serviços entregues também subiu. É difícil responder a essa demanda", diz Neves.
No comércio eletrônico, o aumento das transações também ajuda a explicar o alto nível de casos reclamados, além do fato de que o consumidor está mais proativo, assim como ocorre com bancos, varejo de moda e fabricantes de eletroeletrônicos.
"No caso dos cartões de crédito percebemos que muitos dos usuários não tinham o hábito. Mas até que as pessoas se ajustem ao uso, as reclamações vão continuar", afirma o diretor do site.
Já nas compras coletivas( de cupons de descontos pela internet), Neves acredita que seja um problema mais estrutural, de falta de adequação desse tipo de venda à cultura brasileira.

OUTRO LADO

A maioria das reclamações no comércio eletrônico está ligada ao atraso na entrega, segundo a ABComm, associação que reúne lojas virtuais.
"Isso muitas vezes depende das transportadoras."
O SindiTelebrasil, que representa o setor de telecomunicações, afirma que investe em melhoria e que foi o mercado com maior índice de solução de problemas levados aos Procons em 2013.
Fabricantes de celulares, representados pela Abinee, dizem que buscam aperfeiçoar o atendimento e calculam que dos 270 milhões de aparelhos no país em 2013, as reclamações sobre celulares representaram 0,036%.
A ABTA (de TV paga) diz que "os números do site merecem uma análise mais detalhada, uma vez que apresentam oscilação muito grande".
Já os fabricantes de produtos de linha branca, áudio e vídeo e linha de portáteis, por meio da Eletros, informam que as associadas desenvolvem produtos segundo as normas brasileiras e investem para oferecer itens de alta qualidade e tecnologia.
A Febraban, que representa os bancos, diz que o setor investe nos canais de atendimento ao cliente e em capacitação de seus profissionais.
"A maior conectividade e o avanço tecnológico têm trazido oportunidades e desafios."
No segmento de cartões de crédito, a Abecs diz que suas associadas participam de fóruns de discussão para melhorar o atendimento.
A entidade cita avanços que já ocorreram, como a maior clareza nas informações da fatura.
A Associação Brasileira do Varejo Têxtil diz que não teve acesso ao estudo, que não representa o segmento de varejo de moda todo e que as associadas investem em treinamento, SAC e seguem o Código de Defesa do Consumidor.

A entidade de educação não foi encontrada.

Focus aponta alta de 0,52% no PIB do anoAnalistas do mercado financeiro reduziram pela décima quarta semana consecutiva suas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central. A mediana das projeções colhidas entre cerca de cem instituições caiu de 0,70% para 0,52%.
O ajuste ocorre após a divulgação do PIB do segundo trimestre, na sexta-feira, que mostrou queda de 0,6% ante o primeiro trimestre. O resultado apontou que o país viveu nos primeiros seis meses deste ano a chamada recessão técnica, quando há dois trimestres consecutivos de queda da atividade. Focus também mostrou uma revisão para baixo nas projeções para o PIB do próximo ano, de 1,20% para 1,10%. Há um mês, o mercado esperava crescimento de 0,86% neste ano e de 1,50% no próximo.
Para a indústria, um dos destaques negativos do PIB no segundo trimestre, a mediana das projeções passou de queda de 1,76% para recuo de 1,70% neste ano. Para 2015, a aposta seguiu em crescimento de 1,7%.
No segundo trimestre, o PIB da indústria encolheu 1,5% na comparação com o primeiro recuou 3,4% ante o mesmo período do ano passado, segundo o IBGE.
Os analistas não esperam mudanças na Selic neste ano, mas voltaram a reduzir suas expectativas para o próximo ano. A mediana das estimativas para a Selic ao fim de 2014 seguiu em 11%, taxa atual, e caiu de 12% para 11,75% ao fim de 2015.
Já a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seguiu em 6,24% na projeção de 12 meses à frente e em 6,27% neste ano. Para 2015, a expectativa subiu um pouco, de 6,28% para 6,29%. Entre os analistas Top 5 a mediana de médio prazo para o IPCA saiu de 6,27% para 6,34%. A de 2015 seguiu em 6,48%. Para a Selic, a projeção deste grupo é de 11% em 2014 e de 12% em 2015.
Fonte: Valor Econômico – 02-09 

Bancos saem à caça de empresas no crédito

O dilema de como conseguir aumentar o desembolso de crédito para empresas em um cenário econômico ruim encontrou uma resposta pouco ortodoxa em um grande banco nacional. A equipe responsável pelo desenvolvimento de produtos de empréstimos foi despachada, no começo do semestre, para passar alguns dias imersa no dia a dia de uma série de empresas brasileiras, de diferentes setores. A proposta era que identificassem necessidades das companhias que estivessem fora do radar do banco - e respondessem a esses problemas com crédito.
"O crédito para empresas segue o ritmo morno da economia, então precisamos fazer um esforço de provocar as empresas a tomar crédito. O segundo semestre já tende a ser melhor por si só também, historicamente", afirma o executivo autor do programa. "A situação em 2015 não deve ser muito diferente."
Se ainda é cedo para verificar os resultados dessa abordagem, a experiência desse banco é simbólica do momento difícil do crédito para empresas no Brasil. Cálculos do Goldman Sachs mostram que o estoque de operações de crédito livre para empresas encolheu 1,4% em termos reais no acumulado de 12 meses encerrados em julho.
O capital de giro, a segunda maior carteira de crédito a empresas, atrás apenas das linhas do BNDES, foi que puxou esse fraco desempenho. Segundo dados do BC, o estoque de capital de giro cresceu 3,8%, em termos nominais, para R$ 386,9 bilhões, nos 12 meses encerrados em julho. Em julho do ano passado, a expansão tinha sido de 10,4%, na mesma base. A maior parte da desaceleração nominal, que chega a ser retração em termos reais, se concentra em linhas de prazo inferior a 365 dias.
Não à toa os bancos tentam estimular a demanda por crédito nas empresas. Nas últimas semanas, Bradesco e Santander anunciaram um total de R$ 20 bilhões - R$ 10 bilhões cada - em crédito pré-aprovado para empresas de médio e pequeno portes. O dinheiro está em linhas para pagamento de 13º salário, formação de estoques e até, no caso do Bradesco, em uma nova linha de "compror", modalidade em que a empresa usa o crédito para pagar seu fornecedor à vista, e acerta com o banco a prazo, com a primeira parcela apenas em janeiro de 2015.
A dúvida, porém, é quanto desses recursos será usado. No Bradesco, no primeiro semestre, de R$ 28 bilhões de crédito pré-aprovado para pequena e média empresas, apenas 10% foi utilizado. "Nossa expectativa é de um segundo semestre mais aquecido. A preparação para as vendas de fim de ano, maior necessidade de fluxo de caixa e o maior número de dias úteis contribuem para isso", afirma o diretor executivo do Bradesco, Altair de Souza.
Para o executivo, a nova linha de "compror" do banco é uma forma de tentar trazer para o universo bancário operações que hoje são crédito mercantil, entre a empresa e seus fornecedores. No Bradesco, o estoque de crédito para PMEs cresceu 3,7% nos 12 meses encerrados em julho, a R$ 112,2 bilhões. A participação dessa linha na carteira de pessoa jurídica caiu de 26,9% para 25,8%.
O Santander também trabalha com a expectativa de um segundo semestre mais aquecido e admite que, até junho, a demanda por crédito foi menor. "Como há um consumo que está se comportando de uma maneira diferente do que se comportou nos últimos anos, as empresas precisam investir menos e naturalmente vão tomar menos recursos", afirma Paulo Duailibi, superintendente executivo de produtos de varejo do banco. Até junho, o saldo de crédito do banco a empresas grandes cresceu 12,5% em 12 meses, mas a carteira de pequenas e médias empresas teve queda de 12,1% e somou R$ 31,264 bilhões. O banco espera que os segmentos de consumo e de serviços puxem uma retomada.
O avanço das taxas de juros cobradas em empréstimos para pessoas jurídicas também ajuda a explicar a menor demanda. No caso do capital de giro, a taxa média anual saiu de 18% em julho do ano passado para 21,4% em julho deste ano. Em janeiro de 2014, porém, estava em 21,3%, o que sinaliza uma taxa relativamente estável nos últimos sete meses.
Para André Mesquita, vice-presidente de produtos do Banco Indusval & Partners, não há espaço para uma grande escalada das taxas. Com a baixa demanda por empréstimos, cresce a disputa por empresas com bom perfil e os bancos seguram a alta de preços para esse segmento. "O mercado hoje tem uma taxa um pouco mais alta do que no mesmo período do ano passado, mas não é nada que seja significativo", diz.
O Indusval, assim como outros bancos de médio porte, também vê um cenário fraco. "Depois de junho, a demanda arrefeceu bastante. Poucas empresas estão tomando dinheiro, a não ser aquelas que estão em meio de ciclos claros, como as empresas de café", afirma Mesquita. Para ele, houve uma antecipação de empréstimos antes da Copa do Mundo, mas agora o banco adotou uma postura comercial "mais ativa", tentando estimular a tomada de recursos.
"O segundo semestre será um ambiente de desafio para os bancos originarem crédito de boa qualidade", afirma Alexandre Sinzato, diretor de relações com investidores do ABC Brasil. "Há empresas que podem não estar em seu melhor momento agora, mas que representam oportunidades de médio e longo prazos", afirma. Para tanto, tem aumentado prazos em algumas operações.
"Os bancos estão privilegiando operações que ofereçam uma comissão melhor e evitando aquela empresa que toma apenas capital de giro e ponto", diz o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Manoel Felix Cintra Neto.
Fonte: Valor Econômico – 02-09

Lojas e supermercados são obrigados a receber produtos com defeito

O consumidor pode escolher entre lojas e assistência técnica para reclamar de produto com defeito dentro do prazo de garantia. O direito já estabelecido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), mas frequentemente desrespeitado pelas empresas, foi reafirmado por decisão da 9ª Vara Cível de Curitiba que determinou que 24 redes de lojas e supermercados não poderão criar prazos e regras de garantia diversas das previstas no CDC.
Segundo a liminar, obtida pela ação coletiva movida pela Promotoria do Consumidor de Curitiba, cabe aos estabelecimentos encaminhar à assistência técnica o consumidor que pretender reclamar por vícios do produto diretamente em suas sedes ou filiais, no prazo legal.
De acordo com o código, em caso de defeito do produto, o fornecedor tem até 30 dias para solucionar o problema. Mas, na prática, isso não vem ocorrendo, ressalta a promotoria. Os fornecedores estão criando prazos próprios e curtos para que os atendimentos sejam realizados no local da compra e, fora dos períodos estabelecidos, estão direcionando os clientes à assistência técnica do fabricante.
Segundo o promotor de Justiça Maximiliano Ribeiro Deliberador, que assina a ação, "se no prazo da garantia, quer seja a legal ou a contratual, apresentar o produto ou o serviço qualquer tipo de vício, caberá ao consumidor, no uso de seu direito descrito claramente no artigo 18 do CDC, decorrente do dever de solidariedade dos fornecedores, escolher a quem se socorrer".
O promotor afirma que "não pretende que aquele que vendeu o produto tenha em seu estabelecimento uma central de assistência técnica. Isto é impensável. Em resumo, o que se pretende é que o consumidor possa se valer do direito de deixar o produto para sanar um vício tanto no local da venda, quanto diretamente na assistência técnica. E mais, que esta escolha possa ser feita por ele e não pelo fornecedor".
Em sua decisão, a juíza de Direito Vanessa Jamus Marchi estabelece também que as redes de supermercados e de lojas de departamentos promovam a coleta em suas sedes de qualquer produto adquirido sobre os quais o consumidor indique a existência de vício, dando a solução adequada para fins de garantia, se o mesmo não tiver escolhido dirigir-se à assistência técnica ou a qualquer outro integrante da cadeia de fornecedores. Caso não sigam a determinação, as rés estarão sujeitas ao pagamento de multa de R$ 5 mil por dia de descumprimento, com limite de 360 dias/multa. Ainda cabe recurso à decisão.
Fonte: Portal Varejista – 02-09 

Comércio prevê 138,7 mil empregos temporários
Contratação deste ano será maior, representando aumento de 0,8% em relação ao mesmo período de 2013. Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o comércio varejista irá gerar no final deste ano, 138,7 mil novos postos de trabalho temporário, o que equivale a crescimento de 0,8% em relação ao mesmo período de 2013. Dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregos (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, indicam que o comércio varejista acumula redução de 78,2 mil postos de trabalho, de janeiro a julho.
“Se fizermos uma série histórica do crescimento dos trabalhadores temporários, será o pior resultado desde 2009. É um crescimento fraco, mas, ainda assim, é um crescimento”, informou o economista Fábio Bentes, da CNC. Acrescentou ainda que o período de contratações ocorre entre setembro e novembro. Apesar disso, estimou que os postos temporários contribuirão para a recuperação dos empregos no setor.
“Em todas as datas comemorativas, este ano, o setor perdeu força em comparação com o ano passado. Por isso, o fator sazonal ficou mais evidente, mas sem dúvida, alguma vai fechar o ano no azul”, expõe.
Segundo Bentes, tradicionalmente 15% das vagas temporárias são absorvidas pelo mercado de trabalho, mas este ano ele não acredita que isso se repita, porque o comércio não está com o mesmo desempenho de períodos anteriores. “É um momento de cautela, e envolve um custo relativamente elevado. Certamente, o empresário vai esperar a virada do ano para ver se retoma as contratações”, esclareceu.
O economista explicou que o número de vagas costuma acompanhar o resultado das vendas. No ano passado, as contratações temporárias aumentaram 3,2% em relação a 2012, para atender à expansão de 5,1% das vendas. A previsão para este ano é uma elevação menor, de 3% nas vendas, com movimentação financeira de R$ 32,5 bilhões. Ele acrescentou que o melhor Natal no histórico recente foi em 2010, quando as vendas subiram 9,5% e a contratação 7,2% na comparação com 2009.
O ramo de vestuário e calçados, que em geral abre mais vagas, por causa do impacto das vendas de fim de ano, deverá responder por quase metade (48,7% do total) das contratações. Somente em dezembro, o faturamento do setor costuma crescer 90% em relação ao mês anterior, por causa do fator sazonal.
“Isso acontece porque, dos segmentos do varejo, é o ramo onde se encontra produtos com valores unitários relativamente baixos. A pessoa que está com pouco dinheiro compra itens de R$ 10 ou R$ 15 e consegue presentear. Mesmo em anos em que o varejo não vai bem ele se destaca”, comentou Fábio.
O segmento de hiper e supermercados, que historicamente é o maior empregador do comércio varejista, deverá ficar em segundo lugar com 26,1 mil postos temporários (18,9%). Se a estimativa se confirmar, haverá elevação de 2,7% em relação às 25,5 mil vagas temporárias criadas no fim de 2013.
Ainda de acordo com a CNC, o maior salário de admissão deverá ocorrer no ramo de farmácias e perfumarias (R$ 1.142), mas em contrapartida o segmento deverá ofertar apenas 3,8% das vagas totais a serem criadas no varejo.
Bentes disse ainda que a falta de crédito mais barato vai prejudicar as vendas no segmento de eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos. “O crédito que a pessoa física toma no banco está muito mais caro. Isso vai atrapalhar as vendas, que dependem do crédito”, destacou.
Fonte: Economia SC – 02-09 

galeria de imagens

Compartilhar: