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IMPRENSA | Notícias |

A queda é inevitável, dizem lojistas sobre vendas na Páscoa em Santa Catarina

Mesmo sem cravar um percentual de recuo ou na queda de faturamento, a FCDL/SC já avalia negativamente as vendas de Páscoa

As restrições de circulação social – necessárias para brecar ou reduzir o crescimento no número de contagiados pelo novo coronavírus ao mesmo tempo – tem construído um cenário, no mínimo, preocupante para o comércio de Santa Catarina. Uma das datas mais importantes para lojistas, a Páscoa será certamente o período que puxará para baixo os números deste ano.

Mesmo sem cravar um percentual de recuo ou na queda de faturamento, a FCDL/SC (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas) já avalia negativamente o cenário. Seja porque a contratação de temporários para o período – entre eles, repositores e promotores de itens ligados à Páscoa – ou pela fuga de compradores.

“É inevitável que haja queda, pois o varejo de bens e serviços de Santa Catarina ainda é muito caracterizado pelo relacionamento presencial com o cliente, algo que o confinamento social dificulta”. A avaliação é do gerente-comercial da entidade, Valdemir Manoel da Silva.

A percepção é semelhante à da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Florianópolis. “Desde o começo da quarentena, estamos acompanhando os comerciantes e muitos não conseguem atender por delivery e, com isso, o volume de vendas reduziu drasticamente”, calcula Ernesto Caponi, presidente da CDL de Florianópolis. 

“Se considerarmos uma pesquisa recente do SPC Brasil que indica que mais 60% das vendas acontecem por impulso, seja por uma necessidade latente ou despertada por uma ação de marketing, como ofertas e promoções, fica ainda mais evidente o impacto da ausência do cliente na loja”, explica Valdemir.

Migração de compras

Assim como o volume de compras, a procura por ovos de chocolate deve reduzir. A explicação, segundo o gerente comercial da FCDL/SC esta na incerteza econômica.

“Em tempos de crise é natural que a insegurança em relação ao futuro altere os hábitos de compra do consumidor, os quais passam a ser motivados mais pelo espírito de sobrevivência, do que pela satisfação de desejos e sonhos, por isso estimamos que este ano haverá uma migração considerável parte das vendas de chocolate, para alimentos em geral e outros itens de primeira necessidade”.

Desemprego é certo, diz CDL da Capital

O único estudo sobre a possibilidade de desemprego após o início da pandemia do novo coronavírus é do Sebrae/SC. Embora não relativize com o mesmo período do ano passado (época em que os empregos temporários abertos para temporada de verão são encerrados e contabilizados), o levantamento aponta para um desemprego recorde.

Segundo o Sebrae/SC, cerca de 12,5 mil pessoas devem ficar desempregadas. “Caso os números da pesquisa se confirmem, acreditamos que haverá redução de corpo efetivo, assim como de temporários”, afirma Caponi.

Aposta na criatividade pós-pandemia

Embora o cenário seja nebuloso no momento, os dirigentes lojistas apostam as fichas na criatividade do comércio. “Muitos estão se reinventando durante este período para amenizar os prejuízos e, sem dúvida, após o retorno das atividades haverá ações promocionais e com melhores facilidades para os consumidores”, projeta o presidente da CDL da Capital.

Para isso, segundo ele, o momento é de cautela, mas também para se capacitar e organizar o negócio, pensando no pós-pandemia. “A CDL de Florianópolis entende que aqueles que ainda não são formais, devem se formalizar e fazer o MEI [Microempreendedor Individual] para ter acesso a diversos benefícios que os governos disponibilizam, principalmente neste momento delicado de crise econômica”.

Fonte: ND Mais

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