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O mágico e o marketing

Num sábado em que o Festival de Criatividade de Cannes 2016 mal estava começando, o ilusionista David Copperfield atraiu centenas de pessoas, que lotaram o auditório Debussy, no Palais des Festivals.

Copperfield é uma representação clara do que é o tal “encantar o cliente”, tecla na qual os manuais de marketing batem e rebatem. Segundo ele, o ilusionismo não se trata de enganar as pessoas, mas estabelecer com elas uma relação, oferecer algo que o público espera.

Atuando “in loco” com uma voluntária no Palais, no primeiro de três números, ele fez uma bolinha de papel flutuar, fez malabarismos e, no final, transformou a folha de papel numa rosa. Mas o importante, ressaltou, não é a rosa que flutua e como isso foi feito, mas a relação de encantamento estabelecida com quem está envolvido no show.

Para entrar no mundo do ilusionismo, Copperfield começou nas bibliotecas, consultando métodos sobre o assunto, mas não foi muito adiante, preferiu criar seu próprio jeito de fazer mágica. E o cinema teve uma grande influência sobre ele, que citou pessoas como o inglês Frank Harper e o norte-americano Orson Welles.
Para os profissionais de marketing, mandou alguns recados ao longo de sua apresentação. “O poder de uma grande ideia é o que realmente entra na mente das pessoas”, afirmou, ressaltando, na sequência, que muitas das grandes ideias passam pela simplicidade, mas esta é difícil de atingir. E sobre o mundo dominado pela tecnologia, Copperfield faz uma ressalva: às vezes se tem uma tecnologia e se constrói algo sobre isso, mas às vezes valem mais “histórias” para as quais se criam tecnologias. “É preciso pensar no que tirar de interessante da tecnologia”, lembrou.

Ele próprio há anos tem sido bem sucedido em aplicar esse pensamento: continua sendo o maior ilusionista vivo, o que é comprovado por uma movimentação de US$ 4 bilhões em bilheteria e realização, ainda hoje, de 600 shows por ano.


Fonte: Meio & Mensagem 

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