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Clipping - 19/06/2017

Geral

Fonte: Notícias do Dia - Fábio Gadotti


Fonte: Notícias do Dia - Janine Alves

Fonte: Diário Catarinense - Rafael Martini

Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti


Fonte: Notícias do Dia

Inspeção federal aponta irregularidades nas obras do PAC do Maciço, em Florianópolis

Muros sem alicerce, aditivos de contratos ilegais e obras não realizadas são alvos de questionamentos da Controladoria Geral da União

Marilene Cardoso Florentina, 40 anos, lembra-se do tempo em que conhecia todos no Monte Serrat pelo nome, comunidade no Maciço do Morro da Cruz onde nasceu. Naquela época, lembra, a rua asfaltada não existia, e para acessar a via principal, rua General Vieira da Rosa, os poucos moradores passavam por um caminho aberto em meio ao mato. Ela viu com bons olhos, quando em 2007 começaram os estudos para implantação do PAC do Maciço. Era a primeira vez que 16 das 21 comunidades que formam o maciço receberiam investimentos pesados em infraestrutura —urbanização, moradias, áreas de lazer e segurança—, um dos maiores projetos sociais da história do Estado. Depois de dez anos em ritmo lento, as obras estão mais uma vez paralisadas, desta vez por irregularidades na execução dos contratos. Os casos mais graves referem-se aos muros de contenções, com riscos para as comunidades.

O relatório de fiscalização 201504902 da CGU (Controladoria Geral da União), publicado em maio deste ano, revelou irregularidades na execução de dois termos de compromissos, com contratos no valor de R$ 94,4 milhões. O documento de 241 páginas narra situações como a utilização de fotos repetidas, por exemplo: Num dos casos, a mesma imagem aponta a construção de muro na Caieira e no Monte Serrat. Em outras, a mesma foto aparece em inspeções que teriam sido feitas em datas diferentes.

Além disso, o relatório aponta a inexistência de alicerce em muros de contenção, aumentando o risco de rompimento das estruturas. “Apesar de muitos muros terem sido construídos junto a passagens concretadas, deve-se considerar a possibilidade de ruptura por deslizamento no contato muro-terreno. Razão pela qual a estrutura dos muros construídos deveria ser objeto de análise por um perito”.

Também foram considerados ilegais pela CGU diversos aditivos que encareceram as obras. Em um dos contratos, o município chegou a aprovar aumento de 31% do valor de uma obra, índice bem acima do limite estabelecido pela lei 8.666/1993 que aponta que os aditivos em contratos públicos não podem ultrapassar 25% do valor global.

Os técnicos também apontaram a falta do “As Built” —uma expressão inglesa que significa “como construído”— o que dificultou a verificação do que de fato já foi construído. “O desrespeito aos Projetos Executivos mostrou-se uma situação corriqueira na realização dos contratos sob análise, chegando-se a situações em que as execuções mostraram-se desconformes em mais de 100% do projetado”, aponta o relatório, que pede uma perícia nos muros erguidos sem fundação.

Prefeitura e CEF cometeram irregularidades e terão que prestar informações

O relatório da CGU cobra tanto da Prefeitura de Florianópolis como da Caixa Econômica Federal a correção e adoção de medidas preventivas. Segundo a CGU, a Caixa não teria cumprido com a fiscalização efetiva da execução dos contratos, “a conferir de forma visual plantas apresentadas pela Prefeitura Municipal de Florianópolis que não são fidedignas com a obra executada”, segundo apontam os técnicos.

O relatório não chega a apontar se há desvios de verba pública, mas indica uma série de obras que não foram executadas ou que estão sobrepostas. No entanto, para verificação de valores seria necessário uma tomada de contas especiais.

“A Caixa Econômica Federal não exigiu que a Prefeitura apresentasse as memórias de cálculo e o As Built da obra. O montante do investimento é de R$ 94.542.625,45. A CGU-R/SC constatou por meio de levantamento expedito a existência de medições de muros não executados e medições de muros executados com dimensões diferentes das indicadas nas memórias de cálculo. Para a quantificação do valor pago indevidamente se faz necessário um levantamento topográfico das dimensões dos muros efetivamente executados”. Por fim, o relatório conclui que “a aplicação dos recursos federais não está adequada”.

Município faz levantamento de memória para destravar obra
Para conseguir dar continuidade às obras restantes nos contratos ativos do PAC do Maciço, a Prefeitura de Florianópolis está fazendo um levantamento do “As Built” com a sua área técnica para poder prestar essas informações à Caixa Econômica Federal. O município ainda tentará diminuir a contrapartida em alguns dos contratos para conseguir retomar os trabalhos a partir do segundo semestre deste ano.

Segundo o secretário Roberto Carlos Garcia, a inspeção da CGU ocorreu no ano passado e o município já encaminhou respostas ao órgão. Agora, segundo o secretário, o município precisa apenas finalizar o levantamento do que efetivamente foi feito para encaminhar à Caixa. “Não podemos responder pelas falhas verificadas na administração passada, o que estamos fazendo é o levantamento da As Built e etualização dos projetos para passar para a Caixa até o fim deste mês”, informou.

Segundo Garcia, as obras do PAC do Maciço estão praticamente finalizadas e o município ainda tem um saldo de R$ 5 milhões, que só podem ser liberados mediante a contrapartida de R$ 30 milhões. “Esse valor da contrapartida que queremos baixar para poder conseguir dar continuidade aos trabalhos”, finalizou o secretário.

Por meio de assessoria, a Caixa informou que os contratos citados na reportagem estão vigentes e que as informações pertinentes já foram encaminhadas à CGU. No entanto, o órgão afirma que não faz medições das obras e que na condição de mandatária da União "não substitui as responsabilidades inerentes e de competência exclusiva do Proponente/Tomador, na execução do objeto dos contratos de repasse, tais como na realização de processo licitatório em conformidade com a legislação vigente e a correta execução e/ou fiscalização das obras, de acordo com as normas técnicas e boas práticas de engenharia", segundo diz a nota.

"Os técnicos da CAIXA não elaboram memórias de cálculo tampouco efetuam medições nas obras, atividades essas executadas exclusiva e legalmente pelo Responsável Técnico executor, designado pelo Proponente/Tomador, que é responsável pela fiscalização das obras e serviços sob sua responsabilidade. Cabe aos técnicos da CAIXA aferir in loco a efetiva aplicação dos recursos, a partir dos elementos técnicos apresentados pelo Proponente/Tomador", argumentou a Caixa.

Mapa da ocupação

Área total: 2,15 milhões de m²
Área ocupada: 657 mil m²
Famílas (estimativa): 7.000
População (estimativa): 25 mil
Novas habitações: 438 (91 entregues)

Maciço é uma cidade que não para de crescer

Fruto de uma formação rochosa que mede 800 metros de largura e cinco quilômetros de extensão, o Maciço do Morro da Cruz, apesar da proximidade com o centro, tem uma ocupação caracterizada como periférica à cidade, que cresceu ao longo do tempo sem planejamento urbano, social e populacional. O principal fluxo de pessoas teve início nos anos 1960, com o êxodo rural. Os terrenos íngremes e de difícil acesso foram escolhidos por retirantes que vinham de diversas partes, transformando o maciço numa das regiões mais populosas da cidade. Por ser um morro, a área dos limites do Maciço do Morro da Cruz também abriga nascentes onde boa parte da vegetação encontra-se ainda preservada ou em estado de regeneração.

Os primeiros habitantes fixos do maciço foram os praças do Exército Brasileiro sobreviventes da Guerra do Paraguai, a partir de 1876. Os trabalhadores da construção do Imperial Hospital de Caridade, inaugurado em 1789, também já ocupavam o entorno da capela Menino Deus, na formação inicial do Morro do Mocotó. Depois vieram os escravos libertos (1889) e com a construção da ponte Hercílio Luz (1922 a 1926), o adensamento foi acentuado. De 1966 ao ano 2008, a área urbanizada do morro aumentou praticamente em 100%. Hoje são 25 mil pessoas e novas moradias não são raras, indicando que o crescimento populacional continua.

Augustinho Paulino da Cruz, 65 anos, chegou de Vidal Ramos, no Vale do Itajaí, para estudar na Capital no início da década de 1970. Morou na Prainha e em outros endereços do maciço até fixar comércio no Morro da Caixa, onde vive atualmente com a filha. “Gosto de viver aqui. É um lugar tranquilo e perto de tudo. A maioria do pessoal veio atrás de trabalho e assim foi fixando moradia”, conta o comerciante que também aprova as iniciativas do PAC do Maciço.

“Aqui, o primeiro calçamento que teve foi feito pela comunidade, fizemos um mutirão e calçamos a subida do morro. Tinha uns dois ou três carros em todo o morro”, recorda Paulino ao dizer que muitas vezes levou mulheres grávidas da comunidade para a maternidade ou crianças para o hospital. “Hoje tem escola, creche e posto de saúde. mas muita coisa precisa melhorar”, emenda o comerciante.

Hoje, o maciço é tão cosmopolita quanto a cidade que se desenvolveu no mesmo exemplo de falta de planejamento urbanístico e social. No entanto, diferente dos estrangeiros que frequentam a Lagoa da Conceição e Jurerê Internacional, no maciço, essa população vem de Angola, Senegal, Haiti, Bolívia e Paraguai. A miscigenação de povos e culturas agrega ainda gaúchos, nordestinos, paranaenses, paulistas uma forte migração da região Oeste de Santa Catarina.

O PAC do Maciço também previu a construção de 438 habitações mapeadas pelas equipes técnicas que estavam em assentamentos precários e em áreas que necessitem de remoção habitacional, por alterações no sistema viário ou por estar inserida em uma área de risco. Destas, até junho de 2016, foram construídas 91, distribuídas de acordo com os contratos assinados pela PMF; outras 55 estão aguardando início das obras e 292 serão migradas para o Minha Casa Minha Vida, em conjuntos habitacionais que serão erguidos no maciço.

Sistema viário levou cidade para a periferia

Um dos principais projetos do PAC do Maciço, os investimentos na infraestrutura viária, é o mais percebido tanto pela comunidade local como para quem vive nas outras regiões da Grande Florianópolis. A abertura de ruas e a pavimentação transformou becos e vielas em vias de fácil acesso à Beira-Mar Norte, Mauro Ramos, Edu Vieira e ao Saco dos Limões, se tornando alternativa para quem quer fugir do transito habitual do fim de tarde.

“A abertura das ruas foi ótimo para nós moradores. Agora fica fácil ir à farmácia, na escola e até no centro. Faço isso tudo a pé, só pra voltar que uso táxi ou ônibus”, conta Marilene. “Só que no fim de tarde o trânsito aqui fica impossível, todo mundo quer cortar pelo morro e isso atrapalha um pouco a vida das pessoas que vivem aqui”, emenda a moradora.

O PAC também trouxe para a comunidade o parque do Morro da Cruz, que apesar de ter grande função social para as comunidades do entorno, está distante de outras regiões do maciço. “Aqui é ótimo para as crianças, mas tem lugares no maciço que não têm praças ou outras áreas de lazer, acho que é isso que está faltando”, opina Marilene.

As comunidades atendidas pelo PAC

Região Centro/Prainha:
Mocotó
Queimada
Jagatá

Região Centro/Mauro Ramos:
Mariquinha
Ângelo Laporta/Monsenhor Top
Tico Tico/Quebra Pote
Laudelina da Cruz
Morro da Caixa/Mont Serrat/Pastinho
Morro do Céu

Região da Agronômica:
Horácio
Santa Vitória
Morro do 25/Chapecó/Nova Trento

Região da Trindade :
Serrinha
Penitenciária

Região do Saco dos Limões:
Alto da Caieira
José Boiteux


Fonte: Notícias do Dia

Internet das Coisas pode representar perigo para a segurança dos dados, diz especialista

Apesar de trazer praticidade às tarefas rotineiras, a tecnologia pode ser usada para casos de espionagem

Com presença ainda tímida na realidade brasileira, a Internet das Coisas (IoT) vem ganhando espaço com o passar dos anos. A ideia da IoT é ter objetos utilizados no dia a dia conectados em rede, para que possam ser controlados a distância por computador ou smartphone e, assim, tragam uma vida mais prática e dinâmica para os usuários.

As smartTVs são, atualmente, um exemplo de como funciona essa tecnologia. Com acesso à internet, elas podem ser diretamente conectadas a serviços que fornecem música ou filmes. A tecnologia pode se estender de forma adaptada a outros objetos, eletrônicos ou não: tênis com conexão GPS para auxiliar em trilhas, geladeiras que mudam a potência em horários programados ou podem ter a porta bloqueada por senha e fogões que funcionam sozinhos por ativação remota.

As novidades trazem praticidade a muitas tarefas rotineiras, mas podem representar um perigo para a segurança de dados dos usuários, alerta Christiane Santos, professora do Instituto Federal de Goiás (IFG), mestre e pesquisadora em engenharia elétrica e computação. “A partir do momento em que você coloca inteligência em um aparelho, não se sabe se aquela empresa, que antes se preocupava apenas em manter seu alimento resfriado, também está preocupada em manter a segurança da sua informação. Acaba que você tem uma série de dispositivos que ficam te ouvindo o tempo todo”, disse hoje (17), em palestra na Campus Party Brasília.

De acordo com Christiane, aplicações da Internet das Coisas, como a automação residencial, podem trazer muitas soluções e tornar uma casa, empresa ou qualquer outro local inteiramente inteligentes. No entanto, é necessário ficar atento às configurações dos equipamentos utilizados para evitar casos de espionagem. “As empresas têm interesse em ter os dados”, alerta a pesquisadora. Segundo ela, com as informações pessoais coletadas os fabricantes podem identificar padrões de comportamento e entender o que é de interesse dos consumidores.

Em fevereiro deste ano, autoridades alemãs fizeram um alerta contra uma boneca que poderia ser hackeada para monitorar crianças. A ideia do objeto, afirma Christiane, era interessante, semelhante a uma babá eletrônica. “A boneca conversava com as crianças com a voz dos pais, e eles podiam ver as crianças pelos olhos [do brinquedo]”, conta. No entanto, a conexão da boneca à rede deixava as crianças em situação vulnerável devido à configuração do produto: “os dados [da interação] ficavam armazenados e podiam ser usados para espionar”, explica.

Como se proteger

Ficar atento à configuração dos dispositivos é fundamental para manter a segurança da informação nos dispositivos conectados em rede. A pesquisadora alerta que muitas pessoas têm o hábito de manter o padrão que vem de fábrica em todos os aparelhos. “A maioria, quando compra um dispositivo, simplesmente não lê o manual e o instala em casa. Muitos roteadores têm senhas padrão e as pessoas deixam desse jeito”, afirma.

Para quem não tem familiaridade com a tecnologia, mas gostaria de utilizar essas ferramentas, ela recomenda pesquisar sobre os equipamentos antes da compra. “Na internet há muitos vídeos e materiais que podem dar uma ideia sobre as possíveis vulnerabilidades dos produtos, como eles foram produzidos. Esse pode ser um bom caminho para se proteger”, avalia Christiane.


Fonte: HoraSC

Internet das Coisas pode representar perigo para a segurança dos dados, diz especialista

Apesar de trazer praticidade às tarefas rotineiras, a tecnologia pode ser usada para casos de espionagem

Com presença ainda tímida na realidade brasileira, a Internet das Coisas (IoT) vem ganhando espaço com o passar dos anos. A ideia da IoT é ter objetos utilizados no dia a dia conectados em rede, para que possam ser controlados a distância por computador ou smartphone e, assim, tragam uma vida mais prática e dinâmica para os usuários.

As smartTVs são, atualmente, um exemplo de como funciona essa tecnologia. Com acesso à internet, elas podem ser diretamente conectadas a serviços que fornecem música ou filmes. A tecnologia pode se estender de forma adaptada a outros objetos, eletrônicos ou não: tênis com conexão GPS para auxiliar em trilhas, geladeiras que mudam a potência em horários programados ou podem ter a porta bloqueada por senha e fogões que funcionam sozinhos por ativação remota.

As novidades trazem praticidade a muitas tarefas rotineiras, mas podem representar um perigo para a segurança de dados dos usuários, alerta Christiane Santos, professora do Instituto Federal de Goiás (IFG), mestre e pesquisadora em engenharia elétrica e computação. “A partir do momento em que você coloca inteligência em um aparelho, não se sabe se aquela empresa, que antes se preocupava apenas em manter seu alimento resfriado, também está preocupada em manter a segurança da sua informação. Acaba que você tem uma série de dispositivos que ficam te ouvindo o tempo todo”, disse hoje (17), em palestra na Campus Party Brasília.

De acordo com Christiane, aplicações da Internet das Coisas, como a automação residencial, podem trazer muitas soluções e tornar uma casa, empresa ou qualquer outro local inteiramente inteligentes. No entanto, é necessário ficar atento às configurações dos equipamentos utilizados para evitar casos de espionagem. “As empresas têm interesse em ter os dados”, alerta a pesquisadora. Segundo ela, com as informações pessoais coletadas os fabricantes podem identificar padrões de comportamento e entender o que é de interesse dos consumidores.

Em fevereiro deste ano, autoridades alemãs fizeram um alerta contra uma boneca que poderia ser hackeada para monitorar crianças. A ideia do objeto, afirma Christiane, era interessante, semelhante a uma babá eletrônica. “A boneca conversava com as crianças com a voz dos pais, e eles podiam ver as crianças pelos olhos [do brinquedo]”, conta. No entanto, a conexão da boneca à rede deixava as crianças em situação vulnerável devido à configuração do produto: “os dados [da interação] ficavam armazenados e podiam ser usados para espionar”, explica.

Como se proteger

Ficar atento à configuração dos dispositivos é fundamental para manter a segurança da informação nos dispositivos conectados em rede. A pesquisadora alerta que muitas pessoas têm o hábito de manter o padrão que vem de fábrica em todos os aparelhos. “A maioria, quando compra um dispositivo, simplesmente não lê o manual e o instala em casa. Muitos roteadores têm senhas padrão e as pessoas deixam desse jeito”, afirma.

Para quem não tem familiaridade com a tecnologia, mas gostaria de utilizar essas ferramentas, ela recomenda pesquisar sobre os equipamentos antes da compra. “Na internet há muitos vídeos e materiais que podem dar uma ideia sobre as possíveis vulnerabilidades dos produtos, como eles foram produzidos. Esse pode ser um bom caminho para se proteger”, avalia Christiane.


Fonte: Economia SC

Atividade Econômica do Banco Central registrou alta de 0,28% em abril

O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período), divulgado hoje (16), registrou alta de 0,28% em abril, na comparação com o mês de março.

A alta mostra uma retomada da atividade econômica no segundo trimestre já que em março o índice dessazonalizado havia apresentado queda de 0,44% em relação a fevereiro. Na comparação entre abril deste ano e o mesmo período de 2016, a alta foi de 0,51%.

O IBC-Br avalia a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o Banco Central a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

De acordo com o Banco Central, no acumulado em 12 meses até abril, o IBC-Br dessazonalizado registrou contração de 2,66%.

O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), – a soma de todas as riquezas produzidas no país -, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Fonte: Econonia SC

FipeZap registrou ligeiro aumento (+0,03%) entre abril e maio de 2017

O Índice FipeZap de Locação – que acompanha o preço de aluguel de imóveis em 15 cidades brasileiras – registrou ligeiro aumento (+0,03%) entre abril e maio de 2017. Das 8 cidades que acompanharam esse aumento, vale destacar: São Bernardo do Campo (+1,13%), Curitiba (+0,95%) e Santos (+0,71%). Já entre as cidades que registaram recuo no preço médio de locação, a variação foi mais intensa em: Campinas (-0,99%), Fortaleza (-0,99%) e Goiânia (-0,98%). No cômputo geral, o Índice FipeZap de Locação acumula alta nominal de 0,59% em 2017, comportamento que, face à inflação acumulada de 1,42% (IPCA/IBGE), implica uma queda de 0,81% no preço médio de locação, em termos reais.

Com base nos últimos 12 meses, o Índice FipeZap aponta recuo nominal de 1,65% no preço médio de locação. Entre as cidades monitoradas, a queda observada foi mais intensa em: Campinas (-6,14%), Rio de Janeiro (-5,74%) e Salvador (-2,64%). Já em relação às cidades que registraram aumento de preço, no mesmo período, os destaques incluem: Santos (+1,59%), Belo Horizonte (+0,86%) e Recife (+0,77%). Em termos reais, considerando-se a inflação medida pelo IPCA/IBGE nos últimos 12 meses (+3,60%), o Índice FipeZap de Locação acumula queda de 5,07%.

Em maio, o valor médio do aluguel de imóveis nas cidades monitoradas foi de R$ 28,68/m². São Paulo desponta como a cidade com o maior valor médio por m2 do país (R$ 35,65), seguida por Rio de Janeiro (R$ 34,17) e Distrito Federal (R$ 29,52). Já entre as cidades com o aluguel mais barato por m2 , é possível destacar: Goiânia (R$ 15,20), Curitiba (R$ 16,45) e Fortaleza (R$ 16,55).

Comparando-se o preço médio de locação com o preço médio de venda dos imóveis, é possível obter uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por alugar seu imóvel. Trata-se, portanto, de um indicador relevante para se avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a outras opções de investimento. Com base em dados de maio de 2017, o retorno médio anualizado do aluguel manteve-se em 4,3%.


Fonte: AdjoriSC

Vendas do varejo catarinense crescem 1,83% no Dia dos Namorados
19 Junho 2017 08:03:00

Levantamento da FCDL/SC mostra que o resultado foi muito próximo do projetado antes da data, que previa aumento entre 1% e 2%

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC) divulgou dados sobre as vendas de Dia dos Namorados que apresentaram crescimento de 1,83% entre 1º e 12 de junho. A entidade ouviu 400 empresas associadas com atuação no varejo nas 20 cidades catarinenses de maior potencial de consumo e o resultado foi muito próximo do projetado antes da data, que previa aumento entre 1% e 2%.

O movimento de vendas seguiu praticamente a mesma tendência para todas as empresas, sendo que a maioria das respostas (54%) indicou elevação no faturamento, enquanto que 18% acusaram redução e 28% apontaram a manutenção dos índices em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento da FCDL/SC também revelou que as lojas que trabalham com vestuário e calçados foram as mais procuradas na hora de adquirir os presentes, com 56,2% da preferência, seguidas das joalherias e óticas, com 12,5% no volume de vendas.

Entre os meios de pagamento, os cartões de crédito e o crediário foram quase iguais na escolha dos consumidores - 38% e 36%, respectivamente. O tíquete-médio dos presentes adquiridos oscilou entre R$ 100,00 e R$ 200,00 para 48,9% dos clientes. De maneira geral o movimento do dia dos namorados não exigiu acréscimo em prolongamento de jornada ou contratação de funcionários temporários, pois apenas 28% dos estabelecimentos consultados trabalharam com horário estendido.

Por fim, 88% dos empresários ou executivos responderam que a atual instabilidade política brasileira tem influenciado no seu negócio, ressaltando que a falta de confiança por tem mantido os negócios instáveis.

Praças das empresas consultadas pela FCDL/SC:

Florianópolis
Joinville
Blumenau
Criciúma
Itajaí
Chapecó
Jaraguá do Sul
Balneário Camboriú
Lages
Palhoça
Brusque
São Bento do Sul
Caçador
Gaspar
Navegantes
Indaial
Joaçaba
Mafra
São Miguel do Oeste


Fonte: AdjoriSC

Santa Catarina é pioneira no programa de Assistência Técnica e Gerencial de Maricultura

De acordo com dados da Epagri, Estado é o maior produtor nacional de moluscos, respondendo por cerca de 95% da produção brasileira de mexilhões e ostras

Além de ser destaque nacionalmente com elevado número de produtores rurais participando do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), o Sistema FAESC/SENAR-SC coloca Santa Catarina em evidência como o primeiro Estado brasileiro a ofertar ATeG em Maricultura. "O programa iniciou em novembro de 2016 e conta com a participação de 24 maricultores divididos entre os municípios de Florianópolis, Palhoça e Biguaçu", informa o presidente do Sistema, José Zeferino Pedrozo.

O técnico da ATeG Rafael Luiz da Costa acompanha os maricultores colaborando com a gestão das fazendas marinhas, tendo em vista que o setor da aquicultura apresenta baixo conhecimento gerencial, dificultando a tomada de decisões dentro da atividade. "Alguns produtores não realizavam anotações relacionadas as despesas e receitas e, a partir das visitas, iniciamos o levantamento de dados das fazendas marinhas para que seja feita o controle gerencial", explica.

Segundo Costa, os maricultores estão na etapa de análise de custos de produção e ainda não apresentam resultados em decorrência de não existir um software específico para a atividade. "Estamos elaborando uma planilha de cálculo que seja objetiva e de fácil aplicação, pois na aquicultura, especificamente a maricultura, diferente da agricultura e pecuária, os animais ficam submersos e diretamente dependentes das variações ambientais", observa.

A atuação da ATeG em Maricultura tem sido desenvolvida gradativamente, resultado da especificidade da cadeia produtiva. "Os produtores assistidos pela ATeG sofreram adversidades na produção em 2016, dentre elas a proibição da comercialização dos moluscos devido a proliferação de algas nocivas, conhecidas como 'maré vermelha'. Outro agravante foi o ciclone subtropical que atingiu diversos produtores com ventos de até 118km/h", explica o presidente do Sindicato Rural de Florianópolis, Pedro Cavalheiro de Almeida.

De acordo com o presidente, a ATeG em Maricultura é bem recebida pelos produtores que conseguem visualizar suas propriedades em números e tomar decisões mais confiáveis. "O trabalho é lento, mais já revela muitos avanços no setor gerencial, diferente de outras atividades agropecuárias, a ATeG da Maricultura deve caminhar de forma suave, mas objetiva, mudando a visão do produtor em cada visita e procurando atender de maneira específica cada maricultor. Essa é a chave para o sucesso do programa na maricultura", frisa.

O superintendente do SENAR/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, salienta que durante as visitas é possível desenvolver o levantamento de dados junto aos maricultores e, a partir disso, promover o inventário dos recursos além de trocar informações técnicas relacionadas a produção e comercialização dos moluscos. "O Sistema FAESC/SENAR-SC incentiva o desenvolvimento da maricultura em Santa Catarina, demonstrando a sua importância e relevância para o Estado. A ATeG auxiliará na organização da produção trazendo, futuramente, maior retorno financeiro e, também, dando o destaque que o setor merece", esclarece.

Incentivo à maricultura em Santa Catarina

Adécio R. da Cunha, de 64 anos é aposentado e há 17 anos trabalha no cultivo de ostras e mariscos. Junto com a esposa são proprietários da Fazenda Marinha Cia das Ostras, localizada no Ribeirão da Ilha em Florianópolis. "Quando me aposentei, procurei meios de complementar a renda familiar. Em 2000, com a proposta de um amigo, me tornei sócio de uma fazenda marinha, sociedade que durou três anos. A produção iniciou com 30 mil sementes de ostras e algumas pencas (assim chamadas as cordas com mariscos) de mexilhão. Aos poucos a família foi se envolvendo no negócio. Hoje somos considerados produtores familiares", conta.

Com um projeto alternativo de utilizar conchas de ostras, a esposa de Cunha participou de cursos de artesanato e passou a fabricar peças de decoração, reconhecida com a carteira nacional de artesã, participando de feiras e exposições. A família possui uma loja em casa onde vende, além do artesanato, ostras e mexilhão.

O produtor é um dos atendidos pela ATeG em Maricultura do Sistema FAESC/SENAR-SC, com o apoio do Sindicato Rural de Florianópolis. Segundo ele, as visitas ajudam no planejamento e gestão da fazenda marinha. "Estamos sempre buscando maneiras de melhorar nosso trabalho, participando de cursos, palestras, seminários, pesquisando materiais, tudo que possa facilitar e agilizar a produção", relata Cunha. Há dois anos consecutivos que a fazenda marinha da família coloca no mar 600 mil sementes de ostras e sete coletores de mexilhão com 100 metros cada e 80 pencas de mexilhão.

O maricultor Ademir Dario dos Santos tem 62 anos e há mais de 25 trabalha com maricultura em Santa Catarina. É um dos pioneiros no Estado. Segundo ele, a maricultura surgiu como um incremento de renda para os pescadores. "A atividade oportuniza emprego e renda para muitas famílias do litoral catarinense gerando a auto sustentabilidade e suprindo necessidades de muitos pescadores", avalia.

Lourival de Carvalho Pereira tem 46 anos, é pescador e há 15 anos aderiu a maricultura como mais uma fonte de renda para sua família. "Eu amo o que faço, trabalhar com o mar é a minha vida e encontrei na maricultura a oportunidade de ter sustentabilidade sem deixar de fazer o que gosto", conta ele. A fazenda marinha de Pereira é localizada em Ponta de Baixo,em São José, na Grande Florianópolis e produz anualmente cerca de 30 mil dúzias de ostras e 5 toneladas de mexilhão. "A capacidade de produção do litoral catarinense é uma das maiores do mundo, o que falta é incentivo e apoio para expandir", avalia o maricultor.

Segundo ele, as visitas do técnico estão auxiliando na elaboração de um plano de trabalho novo. "Fizemos o levantamento da propriedade e agora iniciamos o controle de custos do zero. Antes eu já tinha a noção de quais eram os meus investimentos, mas não fazia uma anotação detalhada. Acredito que muito mais do que auxiliar na organização da fazenda marinha, o programa auxiliará para que a maricultura seja cada vez mais conhecida tanto em Santa Catarina como no País e isso é muito importante para que nossos produtos sejam valorizados no mercado", acrescenta.

A fazenda marinha Paraíso das Ostras de Vinicius Ramos localizada em no extremo sul da ilha de Florianópolis, há 900 metros do mar aberto, tem uma produção anual de três milhões de sementes de ostras e vieiras. Ao contrário da grande maioria de maricultores, Ramos efetua o controle de custos por meio de um software em que também são emitidas notas fiscais e boletos. "São raros os maricultores que efetuam a gestão financeira de suas fazendas, isso porque muitos têm a maricultura como uma segunda renda e não como a principal. Acredito que a ATeG servirá como um divisor de águas para conscientizar os produtores sobre a importância do acompanhamento técnico e gerencial", considera.

Para Vinicius, a cadeia produtiva da maricultura é muito específica e precisa de planilhas que se encaixem nessa realidade. "O técnico está nos auxiliando no levantamento de todos os dados necessários para que tenhamos uma base dos números e possamos, a partir disso, organizar melhor a nossa produção e, consequentemente, trazer maior retorno. Eu, que já faço esse acompanhamento, poderei ter como base o trabalho da ATeG para verificar se estou no caminho certo no que diz respeito a gestão da minha produção", complementa.

A maricultura em Santa Catarina

De acordo com dados da Epagri, Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos, respondendo por cerca de 95% da produção brasileira de mexilhões e ostras. Com 589 produtores espalhados ao longo de 12 municípios costeiros, a atividade gera cerca de 1.500 empregos diretos no processo produtivo. Estima-se ainda o envolvimento de mais 5.000 postos de trabalho ao longo de toda a cadeia produtiva, desde a produção de equipamentos e insumos até a distribuição e venda para milhares de consumidores finais. Segundo a Síntese Informativa da Maricultura, divulgada pela Epagri/CEDAP (Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca), a produção de moluscos comercializados em 2015 por Santa Catarina foi de 20.438 toneladas.

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